sábado, 10 de outubro de 2015

2015 Season: Resumão de Setembro/Outubro (20-11, 85-77)

Mike Trout encara chateado o fim da temporada
Halos ressurgem das cinzas e batalham até o final em setembro, mas caem um jogo da pós-temporada, da forma mais cruel. Mesmo com um mês bom pra quase todos no time e com voltas pontuais de jogadores que ajudaram a fazer fagulhas pra desencadear o fogo, o time fica fora de outubro pela 5ª vez em 6 anos, depois de um período prolífico nos anos 2000. Agora é reagrupar, fazer contratações eficazes na Free Agency e esperar uma vez mais pelo Spring Training!


O Cara - Mike Trout

Eu tentei, mas não tem como fugir. Trout levou o time nas costas no último mês da temporada, rebatendo .315/.430/.648 com 8 Duplas, 2 Triplas, 8 Home Runs e 16 RBIs, sem contar a defesa forte e a liderança em campo. A performance seria exaltada aos quatro cantos, tivesse o time ido aos Playoffs, mas como o destino não foi bondoso conosco, ela vai ser enterrada debaixo das glórias de Josh Donaldson na votação pra MVP, mesmo Trout tendo sua melhor temporada da carreira.




O CF foi à base em 16 dos últimos 17 jogos e ficou a um tico de rebater .300 na temporada, feito que não acontece no time desde 2013 (e tirando ele, o último foi Torii Hunter, em '12). Conseguiu controlar os Strikeouts e receber seus Walks no último esforço do ano, sem abdicar de rebater para potência, liderando o time em Homers. Compilou um OPS+ de 190, produzindo quase o dobro do que um jogador médio em sua posição no mês. Infelizmente, o time falhou com ele em levá-lo à pós temporada, mas temos ainda mais 5 anos, no mínimo, pra dá-lo a oportunidade de brilhar em outubro.



A Surpresa - Johnny Giavotella


Ele não é acima da média no bastão. Ele não é um bom defensor. Ele não é tão rápido quanto aparenta. Mas quando ele fica quente, meu amigo, não tem o que segure. Afastado do time por lesão num nervo da cabeça que o fazia ver dobrado (e, jogando baseball, isso deve mesmo atrapalhar um pouco), Johnny G voltou ao diamante com sede de vitória. Jogou em apenas 10 partidas, mas as fez valer, mantendo o time com esperanças, uma rebatida Clutch por vez.




Johnny fez .367/.406/.733 (!), para um OPS de 1.140 e OPS+ de 203 no pequeno período ativo no fim da temporada, adicionando ainda 4 Duplas, 2 Triplas e 9 RBI do Spot #9 da ordem. Tirou de campo Taylor Featherston (que começou a melhorar depois que ganhou mais tempo como titular, mas ainda terminou o ano rebatendo .162) e foi peça importante do comeback épico de 3 de outubro. Seu lugar não é garantido no campo pro ano que vem, com uma Free Agency com bons talentos e Arte Moreno considerando passar da Luxury Tax, mas pelo menos deve permanecer no Roster para mitagens eventuais.



O Pitcher - Garret Richards


É meio difícil um time conseguir 18-9 no mês sem dois ou mais jogadores comendo a bola no monte, mas os Angels conseguiram. Garrett Richards foi o único fora de Small Sample Size que realmente contribuiu bem pro time na escalada final, postando um consistente 3.11 e ganhando 6 Quality Starts em 7 jogos em setembro/outubro, fechando com quase 1 K por entrada (8.9 K/9) nas 46.1 IP que arremessou.




Quebrou uma sequência em que alternava boas e más atuações e foi sólido até o fim, sendo uma peça importante do time que ganhou DOZE jogos por APENAS UMA CORRIDA no mês de apagar das luzes do campeonato. Se não foi o fenômeno de 2014, pelo menos voltou bem da lesão e preservou o calibre que mostrou ano passado. Pode finalmente ter uma temporada completa como Ace da rotação em 2016, se o time não perseguir um veterano para o posto.



A Decepção - Hector Santiago


Essa não deve vir como uma surpresa pra muitos. Todos sabíamos que o Hector da primeira metade não era o verdadeiro, e quando os baserunners que ele matava começaram a anotar, foi o fim. Mas mesmo assim tinha gente (eu) que acreditava que ele podia desenterrar um pouco daquela magia do começo do ano pra ajudar o time no (insira aqui sua versão de "último esforço da temporada", já esgotei as minhas). Não.




ERA de 4.76, WHIP de 1.412, K/9 de 6.4 (apenas 0.2 maior do que Jered F'ing Weaver) e OPS contra de .843 tiraram a confiança geral no "All-Star" Santiago e o povo vê com maus olhos o vindouro acordo de Arbitration que ele vai requerer, já que a indicação ao Midseason Classic vai inflar seu preço. Teve uma chance pra esquentar novamente e ajudar o time em momentos necessitados, mas não a aproveitou.



A Jogada - Mike Trout pega uma bola inimaginável contra os Mariners


Quem diria que, ao longo do ano, essa parte da análise seria dominada por defesas espetaculares, hein? Kole fazendo miséria no RF (com calibre de Gold Glove, diga-se) e Trout armando uma ou duas coisas no Top 10 mensal fazem do centro-direito dos Halos um dos melhores do baseball. E ainda falam que ISSO AÍ é abaixo da média:




Trout sai do RCF e vai pra marca de 396, acompanhando a bola com os olhos. Aproxima-se do muro e pula, apoiando-se pra impulsionar o corpo mais alto. Quando pega a bola, está com mais de meio corpo acima da linha de Home Run, usando toda a extensão do braço para a captura, realizada além dos limites do campo. "Esse eu aproveitei mais", disse, ao comparar a jogada com a captura contra Baltimore, até agora sua marca registrada. Aqui, uma montagem usando o clássico filme Angels in the Outfield, extremamente conveniente:





A História - Halos brigam até o final

Depois do fatídico 10-19 em agosto, eu não acreditava nisso. Nem você. Nem sua mãe. Nem seu cachorro. Mas o cálculo de chances matemáticas serve pra alguma coisa. Um pequeno flashback:



Pedimos e fomos atendidos
O time começou o mês com um feio 65-66 e terminou com um respeitável porém insuficiente 85-77, apenas um jogo atrás da segunda vaga de Wild Card (que realmente alonga a temporada de vários times, sendo uma boa medida nos últimos tempos).

A partir do dia 1º de setembro, o time venceu séries contra Oakland e Texas, mas deslizou contra os Dodgers (se bem que não se ganha contra Greinke e Kershaw). Ganhou de Houston (conseguindo não completar uma varrida na 9ª entrada, com 2 outs, 3 corridas de vantagem e com o Closer no monte) mas perdeu dos Mariners, numa série em que foi um buraco negro ofensivamente e que refletiu o momento do time. Ainda assim, ficava a 4 jogos dos Astros e não os deixava escapar.


Então veio a sequência fora de casa mais importante do ano, em Minnesota e em Houston. Ganharam 5 de 7 e se colocaram novamente na briga, desbancando os Twins e ficando a 1.5 jogos do time que veio da NL pra AL West. Varrida contra Seattle e vitória na série contra Oakland alimentaram uma Streak de 7 vitórias e os empurrava a 0.5 jogo de outubro.


Entrando na última série, no Texas, o time descontou o meio jogo em relação a Houston, mas o fez da pior maneira, ficando um jogo inteiro atrás com a derrota. Os dois ganharam sexta e jogaram a decisão pro fim de semana. No sábado, com 37.000+ pessoas lotando o estádio em Arlington, os Halos puxaram da cartola um heroísmo sem igual ao derrotar os Rangers anotando 5 corridas na 9ª entrada e virando um jogo que estava 10-6 (não deveriam ter perdido a liderança de 5-1 que tinham nas entradas iniciais, mas hey.... histórias épicas...). Homers de Aybar e Calhoun, Dupla em Blooper de Pujols (obrigado Mike Napoli, pelo menos desta vez), RBI Single de Cron (a partir daqui, tudo com 2 outs), Base Hit de Freese e RBI Singles de Perez e Giavotella marcaram esse jogo como uma das melhores demonstrações de Clutch e garra da temporada, e com certeza vai ser lembrado por ainda muitos anos entre os fãs. E os Halos viviam mais um dia na competição, levando a decisão para o último dia.




Chega o domingo. Domingo de NFL, mas pelo menos nesse, 04/10, a atenção a cada esporte estava mais balanceada e acirrada do que de costume. Com todos os jogos começando ao mesmo tempo, olhar o Scoreboard era imperativo a cada dois minutos, isso se você não estivesse realmente assistindo dois ao mesmo tempo. Angels abriram 2-0 na primeira entrada com o Home Run #560 de Albert Pujols (contando 40 na temporada, para a primeira vez na história em que os Angels têm uma dupla com 40+ numa única temporada), e os DiamondBacks faziam 1-0 nos Astros, configurando o único cenário que colocaria os Angels em outubro. Era inimaginável que aquele time, .500 quase o ano todo, que perdeu das formas mais ridículas possíveis no começo do ano, estava forçando o tal jogo 163. Mas não era pra ser.


Garrett Richards, jogando em descanso curto, de 3 dias, pela primeira vez na carreira, cedeu uma corrida na 1ª e duas na 5ª, fazendo Texas virar o jogo e não olhar mais pra trás. O ataque Halo não conseguia nada contra o Ace Cole Hamels (que acabou coletando um jogo completo, porque claro) e o #BullpenDoMal fez uma última aparição, pra jogar a temporada do penhasco de uma vez. No final, 9-2 Rangers, campeões da divisão. O que mais doeu foi que Houston perdeu de fato, mas ficou com a vaga por nossa incompetência. Acabamos dependendo apenas de nós mesmos, mas falhamos. Acontece.


Mas UM jogo já é crueldade.



Os Líderes (Final de Temporada)


AVG - Mike Trout, .299/Johnny Giavotella, .272

OBP - Mike Trout, .402/David Freese, .323
SLG - Mike Trout, .590/Albert Pujols, .480
OPS - Mike Trout, .991/Albert Pujols, .787
Walks - Mike Trout, 92/Albert Pujols, 50
Bases Roubadas - Erick Aybar, 15
RBI - Albert Pujols, 95
Home Runs - Mike Trout, 41/Albert Pujols, 40
Duplas - Mike Trout, 32/Erick Aybar, 30
Triplas - Mike Trout, 6/Johnny Giavotella, 5
Hits - Mike Trout, 172/Kole Calhoun, 161
Runs - Mike Trout, 104/Albert Pujols, 85
WAR - Mike Trout, 8.1/Kole Calhoun, 2.8

ERA - Cesar Ramos, 2.75 e Andrew Heaney, 3.49

WHIP - Fernando Salas, 1.147 e Andrew Heaney, 1.202
FIP - Cesar Ramos, 3.02 e Andrew Heaney, 3.73
K/9 - Fernando Salas, 10.5 e Hector Santiago, 8.1
BB/9 - Fernando Salas, 1.7 e Jered Weaver, 1.9
Wins - Garrett Richards, 15
IP - Garrett Richards, 207.1
IP/Jogo - Garret Richards, 6.5 (6 1/3)
WAR - Garrett Richards, 3.3
AVG contra - Huston Street, .226 e Hector Santiago, .227
OPS contra - Huston Street, .641 e Garrett Richards, .664

Meme do Mês



C. J. Wilson não aguentou ver o final agoniante da temporada
Pain Scale

3º lugar, 85-77. Nada mal pelo record e pelo fato de a AL West ter sido, novamente, a divisão mais disputada da Liga Americana. Sem algumas bobeiras no começo do ano e sem insistir demais em jogadores que não corresponderam (cof cof Joyce, Iannetta cof cof), poderíamos estar dentro. Pelo menos, segue o alento que o time vai perder poucas peças e que a Free Agency vai ser boa pra quem tiver mais dinheiro. Sigam ligados nas notícias, aproveitem os Playoffs, e #LightUpTheHalo!

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