quarta-feira, 1 de março de 2017

Especial de Spring Training 2017


Todo ano é assim. General Managers fazem suas contratações na Offseason, Pitchers e Catchers se apresentam, cria-se o rebuliço anual sobre quem vai jogar e quem não vai, Power Rankings, previsões às cegas e por aí vai. Como já é parte da cultura, não podemos deixar de dar a nossa contribuição também.



A gente sabe que metade dos nomes aqui pode nem ver a luz da MLB nessa temporada, mas a responsabilidade moral de jornalista amador nos faz falar de todos, um pouco até pra poder dizer EU FALEI DELE LÁ ATRÁS QUANDO AINDA NÃO ERA MODINHA. Como são muitos e muito também já foi falado deles nessa Inter-temporada, teremos só um parágrafo ou dois pra cada um. Aos trabalhos.


Novas contratações


Os citados aqui figuram entre os nomes que podem fazer diferença no time principal, ou pelo menos atuar num ritmo regular ao longo do ano. São os que receberam maiores contratos e geraram mais burburinho também. Nenhum é uma contratação nível C. J. Wilson ou Josh Hamilton (QUE BOM), mas dá pra ficar um pouco animado com o prognóstico pro ano sim.


Jesse Chavez (33, SP/RP, Free Agent, 1 Yr/$5.75 M)


Contratado de Oakland entre 2012 e 2015, foi lá onde fez suas melhores temporadas, com ERA na casa dos 3.98 no período. Jogador tanto Starter como de Bullpen, Chavez confiou em 2016 num pesado combo de 4SFB (94mph) e Cutter (92mph), quebrando muito ocasionalmente o ritmo com Curveball e ChangeUp.

Como atuou exclusivamente como Reliever, é provável que re-incorpore o Slider que tem e use mais as bolas de efeito se quiser competir pela quinta vaga de Starter, já que um arsenal limitado não vai atuar a favor dele nessa briga. Provavelmente é quem vai ter a vaga no final de março, como aponta seu salário, mas não tem muito espaço pra erros, com o grande número de jogadores esperando por uma chance atrás dele.


Cameron Maybin (30, OF, Troca por Victor Alcantara (AA), 1 Yr/$9 M)


Draftado na primeira rodada (#10) em 2005, conseguiu duas temporadas consistentes com San Diego em 2011 e 2012, somando 44 2B, 3.3 dWAR e 7.5 bWAR no período. Foi muito bem ano passado pelos Tigers depois de voltar de lesão e ajudou o time a conquistar uma temporada vencedora e a segunda posição na AL Central.


É Centerfielder de origem, mas já que o lugar está, digamos, ocupado, vai ser mais um ocupante da roleta russa que é o LF Halo. Tem tudo pra se dar bem na posição, já que tem médias de alcance melhores que a média para CFs da liga, e vai jogar num espaço reduzido agora. Com o bastão, teve uma temporada MUITO fora de sua curva (.383 BABIP) em 94 jogos ano passado, rebatendo para .315/.383/.418 (OPS+ de 120) mesmo com o grande campo do Comerica Park. Ótimo se conseguir manter a fase, mas não se assustem com uma queda de rendimento na plate esse ano. Projeto como ganhador da vaga de LF por ter mais momento atualmente e pela defesa, se adaptar bem à posição.


Martin Maldonado (30, C/1B, Troca por Jett Bandy, 1 Yr/$1.73 M)



Vindo junto com Drew Gagnon (P, AAA) e deve ser o Catcher titular dos Halos em 2017. O concorrente de Carlos Perez pelos jogos atrás da plate não apresenta ser nada demais no bastão, com uma marca de 8 Home Runs (2012, 2016) como melhor da carreira. Por outro lado, pegou 40% dos ladrões de base ano passado, bem melhor que a média da liga (27%), e fez um bom trabalho roubando 53 chamadas de strike, sendo o 12º melhor pitch framer do quesito. Os Halos estão bem servidos de Catcher-defensivo-com-canhão-no-braço, mas é triste ver Jett Bandy indo embora.

Luis Valbuena (31, 3B/1B, Free Agent, 2 Yrs/$15 M)



Mais um nome conhecido, Valbuena é um Corner Infielder de potência que vem conseguindo bons resultados no bastão desde 2013. Dominando bem o meio-inferior da zona de strike, está no topo da forma na carreira, registrando 2.1 e 2.6 bWAR em seus anos em Houston. Jogando principalmente na 3B recentemente, tem sido um defensor regular com bom braço, embora vá competir por espaço na 1B dos Angels esse ano.


Sendo canhoto, tem um pouco de vantagem sobre C. J. Cron, ainda mais porque este vem de cirurgia nas férias e talvez não estreie já jogando no campo. No caso de um Platoon, os Angels tem a garantia de bastões potentes e defesas ok contra destros e canhotos.


Danny Espinosa (29, 2B/SS, Troca por Austin Adams (AA) e Kyle McGowin (AAA), 1Yr/$5.43 M)



Voltando à relevância ano passado com uma temporada de 24 Home Runs (apesar dos .209 de média), o 2B conseguiu uma boa troca para os Nationals e vem pra resolver um problema crônico na franquia desde a saída de Howie Kendrick. Switch Hitter, já somou 9.0 bWAR na carreira (7 anos, 5 temporadas completas) e produziu melhor como canhoto ano passado, o que também interessa aos Angels na montagem do Lineup.


Na defesa, teve três temporadas de alcança acima da média como 2B (2013-2015), mas caiu de produção ano passado quando movido pra posição de Shortstop. Não tendo esse problema em Anaheim, deve formar uma unidade defensiva poderosa junto a Andrelton Simmons no meio do Infield. Se melhorar as rebatidas pra média e cortar nos strikeouts, terá um último ano de contrato muito rentável,e nós agradecemos.


Ben Revere (28, OF, Free Agent, 1 Yr/$4 M)



Veja o que uma temporada ruim no último ano de contrato faz com o jogador. Revere teve quatro temporadas seguidas rebatendo pra mais de .294, com 57 2B e 142 bases roubadas nesse tempo, ótimas medidas para um Leadoff Hitter, ainda por cima canhoto. Acrescentando a isso, tem em toda a carreira um alcance melhor que a média da liga em todas as posições do outfield, além de uma Fielding Percentage de .990. Ok, ele não rebate Home Runs, mas seria uma peça fundamental pra um time que confia em small ball, por exemplo.


Aí veio 2016, com o Washington Nationals. Lesão no primeiro At Bat do ano, 1 mês fora. 103 jogos, linha de .217/.260/.300, 49 OPS+, 14 SB e 44 corridas anotadas. Com o balde de água fria jogado, terminou o contrato com expectativas bem baixas e os Angels conseguiram pegá-lo por um preço baixo, dado o histórico. Resta saber se a lesão atrapalhou seu jogo inteiro ou se foi um ano ruim, mas, se manter o retrospecto quando saudável, vai brigar duro com Maybin pelo LF, colocando o outfield Halo como um dos melhores defensivamente, ao menos na American League.



Novatos Obscuros Possivelmente Úteis


Esses nomes são aqueles que aparecem mais nas notícias dos sites especializados em trocas, logo a análise é limitada e mais baseada em estatísticas de Minors e pouca experiência nas Majors, na maioria das vezes. É o lugar também das apostas de baixo risco, que recebem menos mas podem fazer valer a chance. Todos têm convite pro Spring Training ou estão no 40-Man Roster.


Eric Young Jr. (31, OF/2B, Free Agent, 3º ano de Arbitration)



Versátil e rápido, teve apenas um bom ano de ataque em 2012 por Colorado, rebatendo .316/.825 em 98 jogos. Em sua primeira temporada completa, em 2013 com Rockies/Mets, liderou a National League em Roubos de Base, com 46, e rebateu 17 Duplas. Desde então, alternou entre vários times e caiu nos Halos assinando como Free Agent. Joguei com ele no MLB The Show 11 (para Ps2) e confirmo que tem (ou tinha) grande velocidade. Está no time mais por profundidade de elenco e deve brigar por uma possível 5ª posição no Outfield ou servir de Pinch Runner em setembro, mas não muito a mais que isso.


Ryan LaMarre (28, OF/P, Free Agent, Pre-Arbitration)



O melhor aspecto de seu currículo é a entrada intacta que arremessou naquele 21-2 em Boston ano passado, quando fechou o jogo cedendo 2 Hits, mas nenhuma corrida, sendo o único "Pitcher" ileso dos Sox naquele dia. Rebateu .303/.814 no AAA Pawtucket ano passado e entra na mesma briga que Eric Young Jr, embora tenha muito mais anos de controle do time que o primeiro. Vale o teste.


Yusmeiro Petit (32, RP/SP, Free Agent, 1 Yr/$2,25 M)



Primeiro teste de 2017, Petit vai competir como Starter no monte de Anaheim, apesar de ter mais partidas como Reliever nos três últimos anos. Esteve no Roster campeão de San Francisco em 2014, seu melhor ano, e procura voltar à boa forma de 10.2 K/9 e 1.7 BB/9.


Bud Norris (32, SP, Free Agent, 1 Yr/$1,75 M)



Notável Angel-Killer, possui ERA de 0.43 em 6 jogos enfrentando os Halos, sua melhor marca na carreira contra um time. Tem um par de temporadas boas na MLB (2011, 2014), mas foi inconsistente nas duas últimas temporadas, aumentando os Walks e Hits sem melhorar nos Strikeouts. Concorre pela vaga de 5º Starter, mas sem muitas chances. Se ficar nas Minors, pode ser chamado em casos de lesão e comer entradas.


Brooks Pounders (26, RP, Troca por Jared Ruxer (A+), Pre-Arbitration)



Estreou por Kansas City ano passado, mas não fez muito (12.2 IP, 9.24 ERA), tanto que nem quebrou seu status de Rookie pra 2017. Seu trunfo está nas estatísticas do AAA Omaha, quando postou 10.1 K/9, 0.6 HR/9 e ERA de 3.14 em 80.1 Entradas. Virá como profundidade no Bullpen, mas pode subir no meio do ano se atuar bem na altitude de Salt Lake e cortar os Walks (4.1 BB/9 no AAA em 2016).


Dustin Ackley (29, LF/2B, Free Agent, 3º ano de Arbitration)



Você deve lembrar desse nome, pois atuou por Seattle de 2011 a 2015. Nunca foi um SENHOR 2B, mas tem um certo passado, notável principalmente pela atuação de 3.8 WAR em 90 jogos em seu ano de estreia, 2011. Assinou um contrato de Minors e pode figurar no time caso Maybin ou Revere se machuquem, assim como profundidade com experiência para o Infield.


Kirby Yates (30, RP, Waivers, Pre-Arbitration)



Somando 97.2 IP em três temporadas parciais com Rays e Yankees de 2014 a 2016, Yates leva um ótimo 10.4 K/9 com um regular-para-ruim 3.8 BB/9 nesse período. Sofreu com Home Runs, como é sabido na AL East, e pode ter uma chance melhor de sucesso no amplo campo de Anaheim e nos Pitcher's Parks da AL West. Figura no Roster e é controlável por ainda algum tempo, mas não deve estrear entre os ativos de 2017.


Voltas de lesão


Todos aqui fizeram cirurgia na Offseason ou se recuperam de acontecimentos em tempos passados, então é compreensível que não comecem com força total com o resto do grupo. A maioria das previsões coloca todos começando no Opening Day ou marginalmente depois.


Garrett Richards (UCL)


Fugindo da famigerada cirurgia Tommy John com um tratamento usando células-tronco (stem cell treatment), Garrett Richards evitou de perder aproximadamente seis meses de temporada 2017 e pulou a visita à mesa de operações, o que é sempre bem vindo. Está desde 1º de maio do ano passado sem arremessar profissionalmente, mas fez alguns treinos na Liga Instrucional pra retomar a forma. Deve ter algum tipo de limitação, como a marca dos 100 arremessos por jogo na primeira metade da temporada, mas confiamos que o método menos invasivo vai se mostrar efetivo ao fim do ano.


Andrew Heaney (UCL)


A sorte que um teve não sorriu pro outro. Heaney também rompeu o UCL ano passado, depois de apenas um jogo, e também tentou o tratamento com células-tronco, mas não obteve sucesso, relatando que "a chance de resultados positivos é de 50%". Operou o braço e vai ficar de fora até no mínimo setembro, embora Mike Scioscia esteja inclinado a deixá-lo repousando a temporada inteira. O quadro pode mudar caso os Angels se classifiquem para a pós-temporada.


Matt Shoemaker (Crânio)


O dono da edição 2016 do prêmio Maior Susto da Temporada se recupera muito bem da cirurgia na cabeça que fez outubro passado e se mostra preparado pra jogar. Além de ser visto com proteções dentro do boné, disse em entrevista que usaria aqueles "bonés para arremessadores" com proteção extra, e que os recomenda para todos os outros.


Albert Pujols (Pé)


Escolheu fazer cirurgia em dezembro depois de um "outro procedimento menos invasivo" falhar em produzir resultados. Jogou com dor a temporada de 2016 e pode até melhorar seus números caso esse problema seja resolvido. Está fora do time por enquanto, mas deve perder pouco tempo.


Kole CalhounC. J. Cron


Ambos fizeram pequenas intervenções em outubro passado e não preocupam o time, tanto que jogaram a primeira partida dos titulares em Tempe na segunda-feira. 



A base vem forte


Os prospectos do Farm System de Anaheim (SIM, ELE EXISTE) que têm seus nomes conhecidos e vão jogar com o time nesse mês de março, com chances de aparecer na MLB agora ou no futuro.


Nate Smith (LHP, AAA)



Ele de novo. O prospecto mais pronto do Farm foi draftado em 2013 e evoluiu rápido no sistema, apesar da concorrência no quesito de arremessadores. Passou a temporada inteira de 2016 em Salt Lake, o que manchou um pouco seus números por causa da altitude, mas teve uma temporada acima da média do time, lançando para um ERA de 4.61 em 150.1 entradas e conseguindo controlar as características de Hits/9 (9.9) e Home Runs/9 (1.1) o melhor possível. Chegou a ser chamado pro time principal em setembro, mas não atuou por causa da carga de trabalho elevada que teve no ano. Com a maturidade chegando e o time precisando de Starters, é possível que faça sua estreia profissional em 2017.


Keynan Middleton (RHP, AAA)



A nova sensação entre os novatos desse Spring Training. Escolhido também em 2013, na 3ª rodada, teve problemas nos primeiros anos de atuação como Starter Foi movido pro Bullpen no começo de 2016 e teve uma rápida evolução em praticamente todos os aspectos do jogo. Indo do A+ pro AAA no mesmo ano, ganhou velocidade, cortou Walks, aumentou Strikeouts e terminou com marcas invejáveis de 1.136 WHIP, 12.0 K/9 e 3.41 ERA (incluindo uma performance de 1.20 ERA e 6 Saves em 13 jogos pelo AA Arkansas Travalers). Procurando seguir os passos de Cam Bedrosian, tem ainda que refinar levemente o controle (problema recorrente com quem arremessa a bola rápida a 96-100 mph) e se acostumar com situações de alta pressão, mas tem tudo pra se desenvolver num Closer nível MLB em poucos anos.


Taylor Ward (C, A+)



Draftado na primeira rodada de 2015 (fato que gerou muito burburinho na época), Ward sempre foi avaliado excepcionalmente na defesa, mas seu bastão levantava muitas questões para a posição tão alta no recrutamento. Querendo calar geral, passou voando pelo Rookie Level Orem Owlz e pelo A-Level Burlington Bees, rebatendo .348 e acumulando .895 de OPS em média nos dois níveis. Foi promovido pro A+ em 2016 e tentou rebater mais Home Runs, o que não deu muito certo: levou uma performance de 10 quadrangulares em 123 jogos mas caiu para uma linha de .249/.659 (o que não é abismal pra um catcher nos dias de hoje, mas o time sabia de seu potencial). A luva continuou a mesma e o braço eliminou 38% dos ladrões de base, o que o mantém como um prospecto de alto nível, e ele planeja voltar à mecânica de rebatida anterior pra evoluir no sistema de forma consistente novamente.


Matt Thaiss (1B, A)



Também de primeira rodada, mas de 2016, Thaiss era um Catcher que foi convertido pra 1B porque a franquia já tem C's demais e o bastão é o que realmente levou esse prospecto pros rankings. Passou 15 jogos dominantes no Rookie-Level com OPS de .964 e foi transferido pro A Burlington Bees, onde perdeu um pouco do gás (.276/.778 em 52 partidas) e não teve tempo de recuperar por causa do número reduzido de jogos dessa classe das Minors. Deve começar o ano ali mesmo ou, no máximo, nos A-Advanced 66ers, caso tenha um maravilhoso mês de março.


Greg Mahle (LHP, AA)



Mais um Reliever que cresceu rápido no time, foi selecionado em 2014 e já fechava jogos pelos Travelers no AA em 2015, com K/9 acima de 11.7 em 3 dos 4 níveis em que jogou nesse período. Subiu (literalmente) pra Salt Lake em 2016 e foi chamado pra 24 jogos na MLB de abril a junho, mas sentiu o baque da evolução rápida e não conseguiu manter a boa performance. Apesar disso, o time parece ainda confiar nele, já que o mantém no 40-Man Roster, e o fato de ser canhoto o ajuda a conseguir se manter relevante.


Kevin Grendell (LHP, AA)



Dono de uma história tocante e uma motivação diferente pra chegar à MLB, Grendell e seu implante coclear no ouvido esquerdo foram uma grata surpresa para os Angels em 2016. Outro Starter convertido em Reliever, começou a carreira patinando no Rookie-Level dos Orioles, onde ficou por três anos (mais uma participação na Liga Australiana). Começou a chamar a atenção em 2015 no nível A, mas foi liberado por Baltimore em abril passado. Recebendo propostas de cinco times, escolheu os Angels e brilhou. 1.93 ERA, 14.5 K/9 no Class-A Burlington, 4.30 ERA e 15.3 K/9 no A-Advanced Inland Empire 66ers (numa liga dominada por rebatedores) e, finalmente, 1.37 ERA nos AA Travelers, combinando o ainda alto 10.5 K/9 com 0.966 WHIP, 3.2 H/9 e 0.5 HR/9 em 19.2 Entradas. Junto com Keynan Middleton, forma uma dupla parecida com Mike Morin e Cam Bedrosian uns anos atrás, onde levavam as Minors com "números de videogame". Os Walks ainda pesam um pouco, mas o hype já está colocado e agora não tem volta, até ele estrear nas grandes ligas.



Pode surpreender


Não são novatos, não são do Farm, não geram muitas conversas, mas podem se provar úteis na temporada 2017. Todos estavam com o time desde ao menos setembro de 2016 e tiveram seus momentos na MLB.


Jose Valdez (RHP)



Jogador de desenvolvimento tardio, Valdez teve sua temporada de reconhecimento em 2012, quando arremessou 23 jogos pelo Rookie Level dos Tigers e registrou ERA de 0.82. Nos níveis mais altos do Farm não foi nada de excepcional, cedendo muitos Walks e desenvolvendo pouco. Em junho de 2016, os Angels o compraram dos Tigers e o colocaram em Salt Lake, e foi aí que algo clicou pra ele. Em 22 jogos (25.2 IP) na altitude, 
arremessou para um ERA de 0.70 (ZERO PONTO SETENTA) com 9.8 K/9, 3.9 BB/9 e apenas 1 Home Run cedido. Mais que rápido ganhou uma promoção para Anaheim, onde teve altos e baixos mas mostrou talento, como, por exemplo, uma AVG dos oponentes de apenas .202. Deve competir forte por uma vaga no #BullpenDivino já no Opening Day.

J. C. Ramirez (RHP)


Nosso amigo JC é outro que nunca foi um grande prospecto, mas conseguiu sua entrada na MLB e caiu nos Angels passando por Waivers do Cincinnati Reds. Aqui chegando, no final de junho, começou por baixo e foi ganhando espaço, subindo no Depth Chart até arremessar a 8ª entrada e fechar jogos. Em seu período de 46.1 Entradas em Anaheim lançou para um ERA de 2.91, cortando bem os Walks e comendo entradas satisfatoriamente num ano de múltiplos braços de Bullpen usados no time. Vai ser testado como Starter nesse Spring Training e servir para a profundidade no elenco, ainda mais se manter a performance.

Ricky Nolasco (RHP)


Outro que achou um rumo pra carreira ao entrar no time, Nolasco passou muitas temporadas como 5th Starter e teve apenas uma de destaque, em 2008 com o Ainda-Florida Marlins. Embora sem muita atenção sobre si, mostrou-se um trabalhador na MLB, arremessando para mais de 185 Entradas seis vezes em suas últimas 8 temporadas completas, e segurando os números de Walks muito bem, na faixa dos 1.9 a 2.2 BB/9.

Veio pros Angels dos Twins junto com Alex Meyer, apenas para adicionar valor à troca e repor o Starter MLB que os Halos estavam perdendo em Hector Santiago, mas mostrou que, mesmo aos 33 anos, ainda havia algo no tanque. Arremessou 73.0 Entradas, teve ERA de 3.21, liderou o corpo de arremessadores em vários quesitos, incluindo WAR (1.4), com direito a Shutout em 31 de agosto e uma sequência de 21 entradas sem ceder corridas pra terminar a temporada em alta. Figura como Starter #4 no monte pra 2017 aos 34 anos e seu contrato prevê uma Team Option pra 2018, que pode ser aceita caso ele mantenha o nível.

Andrew Bailey (RHP)


Lesões acabam com a carreira do sujeito. Bailey, cuja camisa #17 na Wagner College está aposentada, Foi draftado em 2006 pelos Athletics e estreou em 2009 na MLB, numa evolução rápida. Seus primeiros dois anos em Oakland o viram como o Closer do time (51 Saves) e dominante no montinho (ERAs de 1.84 e 1.47), o que o renderam o Rookie-of-the-Year de 2009 e duas aparições no All-Star Game. No fim de 2011, saiu de Oakland pra Boston por um tal de Josh Reddick, e aí começou sua desgraça. Uma cirurgia de reconstrução no dedão o tirou da temporada 2012 até meados de agosto e um procedimento no ombro barrou um comeback para a posição de Closer em julho de 2013 e o fez perder o ano. Conseguiu contratos de Minors com Yankees e Phillies até ano passado, quando foi liberado em agosto. Halos pegaram seus serviços e o colocaram no monte. 11.1 Entradas depois, marcou um ERA de 2.38 e conseguiu 6 Saves, num WHIP de 0.971. Pra esse ano, assinou um compromisso de um ano, um milhão de dólares com a franquia e é dado como nome certo no Backend do #BullpenDivino, tendo a seu favor um contrato sem muito risco e a marca de "Proven Closer" na carreira. Se vingar, aquele trio dele com Huston Street e Cam Bedrosian pode reduzir os jogos a seis entradas pros adversários. 


DEVE surpreender


De quem esperamos uma temporada DECENTE depois de um ano ruim. Têm registro de sucesso e precisam retornar à forma pra ajudar o time.


Huston Street (RHP)



Pra hipótese acima descrita funcionar, esse senhor aqui tem que dar sua contribuição como sabemos que ele é capaz. Closer a vida inteira e Rookie-of-the-Year em 2005, teve sua melhor temporada em 2014, parcialmente por Padres e Angels. 59.1 Entradas, ERA de 1.37 e 41 Saves. Em 2015 perdeu um pouco o fôlego, mas manteve a posição e entrou pro clube dos 300 Saves na carreira, com ERA 3.18/40 Saves. Renovou por dois anos num contrato bem amigo com os Halos e começou a temporada 2016 muito bem, mas foi forçado a sair do time com uma luxação na parte esquerda do abdômen. Voltou no fim de maio, mas nunca se recuperou. Atuações ruins, jogos entregues, câimbras e mais marasmo até ser diagnosticado com inflamação no joelho direito e perder o resto do ano após cirurgia. ERA 6.45 é inaceitável pra seus padrões e todos os anos anteriores o viram com este número abaixo de 4. Deve começar 2017 como Closer novamente, mas qualquer escorregão lhe pode fazer perder a vaga.

Mike Morin (RHP)


Mike Morin, meu amigo. Pra onde você foi? Cadê aquele cara do Changeup moralizador que passou voando nas Minors e conquistou geral na campanha de 2014 (aquela de 2.90 ERA em 59.0 IP, 1.18 WHIP e 125 ERA+), levando o time pra pós-temporada? Em 2015 eu vi um que se parecia com você, inclusive tinha melhorado um pouco as estatísticas periféricas (10.4 K/9 e 2.3 BB/9), mas ele parecia não ter muita misura no uso do Changeup, o que fez com que o fator surpresa do arremesso se perdesse. Também não tinha a mão no Slider, com os oponentes rebatendo .462 contra essa bola.

Acho que te vi no começo de 2016, em um começo muito bom (1.84 ERA em 14.2 Entradas), mas logo te perdemos de novo, e conseguimos em troca um cara que, de novo, usava demais o arremesso-surpresa e caiu de produção. Por sorte, se não me engano, me recordo de ver um jogador que realente parecia você no fim do ano, e espero que você siga o exemplo dele e retorne pra Anaheim, onde é bastante necessitado. Obrigado desde já.


Pode roubar a cena


Jogadores que não ocupam posições principais no time mas podem ser titulares lá pelo meio da temporada.


Cam Bedrosian (RHP)



Finalmente. Eu sabia. Com o braço que tem e aqueles números de videogame nas minors por tanto tempo, não era possível que ele não fosse jogar bem na MLB. Bedrosian foi escolhido em 2010 na primeira rodada pelos Angels mas levou um baque bem cedo na carreira, tendo que fazer a cirurgia Tommy John ainda no Rookie-Level. Não voltou bem em 2012 no A-Level, mas mesmo assim ganhou uma promoção pro A-Advanced no vim de 2013 e não perdeu tempo. 7 jogos sem ceder corridas pra fechar o ano e mais 5 pra começar 2014 o colocaram em Arkansas 2014, onde ele mostrou todo o seu potencial: 30 jogos, 15.9 K/9, 0.619 WHIP, closer do time (15 Saves) e uma parceria com R. J. Alvarez e Mike Morin, um trio que SOMOU 1.44 ERA em 56 jogos combinados.

Ali, ganhou a primeira promoção pra MLB, mas falhou miseravelmente, mesmo arremessando a 96 mph, pois tentou usar um Changeup que não mudava lá muito a velocidade e o traía recorrentemente. Desde então, subiu e desceu entre as Majors e o AAA Salt Lake, indo mal em cima (6.52 ERA em 2014, 5.40 ERA em 2015) e dominando em baixo (2.78 ERA em 2015, 3.24 ERA e 15.1 K/9 em 2016). Até que algo de diferente aconteceu, e ele finalmente foi pro time de cima pra não mais voltar. E foi com estilo.

1.12 ERA em 40.1 Entradas, 11.4 K/9, 6.7 H/9, 0.2 HR/9, 358 ERA+, performance que o valeu 1.3 WAR. A grande pena foi que teve de sair no fim do ano por dores causadas por coágulos no braço e nos ombros, terminando uma temporada estelar logo quando tinha virado Closer na MLB. Está totalmente confirmado pro Backend do bullpen em 2017 e deve assumir o cargo de fechador caso Street não dê conta (coloco um over/under de 3,5 Blown Saves pra vermos Bedrock na 9ª entrada). 


Alex Meyer (RHP)


Novamente a história do Top Prospect que não vingou uma vez que chegou na MLB. Starter draftado na primeira rodada pelos Nationals em 2012 e colocado direto no A-Level, foi pros Twins no fim do mesmo ano em troca de Denard Span. Em Minnesota, atuou bem no AA e no AAA, dando o sinal verde pra uma estreia na MLB em 2015, como Reliever. Não durou muito nas minors em 2016 e subiu pros Twins, mas teve problemas e não conseguiu permanecer. Veio pros Angels com Ricky Nolasco na troca por Hector Santiago e parece ter ganhado a confiança do time, voltando a atuar como Starter em cinco jogos em setembro. Tendo a habilidade nos arremessos mas pecando em controle (tanto dos arremessos quando das situações de jogo), tem uma nova chance de brilhar no monte. Se não conseguir a quinta vaga da rotação, é provável que vá pra Salt Lake pra continuar começando jogos e ser um dos primeiros a ser chamado em caso de problemas no time de cima.

Cody Ege (LHP)


Draftado em 2013 pelos Rangers e indo direto pro Short-Season A invés do Rookie Level, Ege alternou entre temporadas medianas (~4.00 ERA, ~9 K/9) e temporadas espetaculares (0.90 ERA, 11.7 K/9 em 2013 e 0.96 ERA, 11.8 K/9 em 2015). Seguindo seu padrão, estava num ano meh no AAA mas subiu pra MLB com os Marlins em 2016, onde não vingou e foi colocado em Waivers. Veio pros Angels e conseguiu voltar à forma, arremessando pra 1.04 ERA em 8.2 IP, com 9 K, 3 BB e 0.3 WAR. Segundo a lógica de suas performances, será um homem de 6ª entrada muito valioso pros Halos esse ano (e, claro, devemos trocá-lo antes da temporada de 2018).

Provável Lineup


3B Escobar (R)

RF Calhoun (L)
CF Trout (R)
DH Pujols (R)
1B Valbuena (L)/Cron (R)
2B Espinosa (S)
SS Simmons (R)
LF Maybin (R)
C   Maldonado (R)/Perez (R)

Rotação Prevista


RHP Richards

RHP Shoemaker
LHP Skaggs
RHP Nolasco
RHP Chavez/RHP Norris/RHP Petit/RHP Meyer


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