sexta-feira, 18 de julho de 2014

Análise de Meia Temporada: Bullpen



Hoje já tem baseball, mas não sem antes a última parte da análise!



Joe Smith, RHP, Closer


Vindo três grandes temporadas em Cleveland, Smith aterrissou na Califórnia sob grandes expectativas. Com um estilo sidearm, chegou para ser o homem da 8ª entrada, após inúmeras lesões de relievers na OffSeason.

Começou fazendo o set-up para Ernesto Frieri, mas tão logo este começou a declinar, no final de abril, assumiu as responsabilidades de Closer. Ficou por 3 partidas, conseguindo Saves em todas, mas voltou a revezar as últimas entradas com Frieri, que parecia pouco mais confiante. Joe arremessava para os mais difíceis, Ernesto lançava para os mais fracos. Arremessar a 9ª para o Save dependia da sorte. Postou um ERA de 1.29 em 7 jogos enquanto alternava de posição.

Perdeu a vaga de Closer em 18 de maio, com Ernesto ganhando a confiança da diretoria. Teve seu único "mau" momento após isso, com 3.65 de ERA e 3 Blown Saves em 12 jogos. Quando Frieri afundou de vez, a ponto de ser trocado, Smith teve seu espaço na 9ª para brilhar.

Desde 19 de junho, fez 15 jogos, cedendo somente 4 rebatidas e 1 corrida, para um ERA de 0.63. Nesse período, ganhou 10 Saves e 1 Vitória, além de ter uma sequência de 10 jogos sem rebatidas, com 9 K's, e passando de 10 arremessos somente em um deles.

Para a 2ª metade, espera-se que continue Closer num primeiro momento, mas as conversas sobre trocas só ficam mais intensas com a chegada da Trade Deadline. Houston Street, dos Padres, é a principal fonte de rumores, e é um Closer de ofício que pode assumir a 9ª, colocando Smith de volta em seu lugar de origem, além de fortalecer largamente o fim do jogo.


Kevin Jepsen, RHP, Set-Up Man


Com os Angels desde 2002, o Fireballer está na sua 7ª temporada com o time de cima, e vêm tendo, de longe, seu melhor ano. Igualou o número de jogos do ano passado (45), com menos da metade do ERA (2.08) e a maior marca de K/9 da carreira (11.1).

Começou não muito consistente, cedendo 5 corridas já no 1º jogo, Opening Day contra os Mariners. Teve uma boa sequência, invicto por 12 jogos, mas teve outra recaída em 4 de maio, contra Texas.

Desde então, vêm numa ótima forma, ganhando respeito e subindo da 7ª pra 8ª entrada. Em 31 jogos, cedeu apenas 1 corrida, num Blown Save que já está aqui no blog, para um ERA de 0.33, 31 K's e 9 Walks, além de não ter sofrido corridas nas últimas 11 partidas.

É uma das peças que deram a volta por cima esse ano, assumindo um papel muito importante na luta pelos Playoffs. Começa a segunda metade como Homem de Set-Up, mas pode cair novamente para a 7ª, dependendo do rendimento de Jason Grilli, Mike Morin ou uma contratação.


Mike Morin, RHP, 7th-Inning-Guy


Draftado na 13ª rodada de 2012 pelos Angels, se revelou um ótimo prospecto, ao subir todos os níveis em apenas 2 anos. Postou um ERA de 1.93 e 23 Saves em 2013, como Closer do A Adv Inland Empire e do Double-A Arkansas. Subiu esse ano para o Triple-A Salt Lake, e foi chamado em 30 de abril para compor o Roster Ativo dos Halos. Continuando sua vertiginosa evolução, foi usado em quase todas as situações nessa temporada, e ostenta um bom ERA de 2.08, igual a Jepsen, mas com menos Strikeouts.

Foi uma das grandes boas surpresas desse ano, e é o futuro dos Angels no Bullpen, podendo ser um Closer de alta qualidade em 3 anos, mesmo sem bolas rápidas de 98 mph. Provavelmente vai continuar como homem da 7ª entrada até novas ordens, mas não são grandes suas chances de crescer na hierarquia ainda esse ano, salvo por alguma má fase de alguém acima dele.


Fernando Salas, RHP, Middle Reliever

Veio numa troca no começo do ano com o St. Louis Cardinals. Com os Angels desesperados por pitchers, foi como um bônus no acordo que envolveu a vinda de David Freese e a ida de Peter Borjous (CF) e Randall Grichuk (OF, Minors). 

Se estabeleceu no começo do ano, mas não conseguiu se manter com a progressão dos outros. Desde o meio de maio até o de junho, teve problemas de controle, cedendo 16 Hits, 6 corridas e 3 Walks em 13.1 entradas. Foi colocado na DL e voltou em 6 de julho. Arremessou somente 2 jogos desde então, incluindo 1.1 entrada contra Toronto, em que permitiu 2 Hits, 1 Walk e 1 corrida.

Está no Roster só por figuração, pois será o primeiro a sair caso hajam contratações ou alguém se revelar nas Minors. Não passa confiança, e têm se mostrado apenas um contra-peso de troca até agora. Seria mais válido ter mantido Grichuk, mesmo com a profundidade do Outfield Halo.


Cory Rasmus, RHP, Long Reliever


Vindo dos Braves ano passado numa troca por Scott Downs, era um promissor Closer no AAA Gwinnett, com um ERA de 1.72 e 14 Saves até julho. Continuou o bom trabalho em Salt Lake, e começou 2014 lá.

Foi chamado em 2 de maio para as maiores, mas quase não contou, pois ficou só por 2 jogos (2.1 IP, 3 H 2 ER). Em sua segunda chance, foi à MLB depois de uma série de jogos cansativos para o Bullpen, que ocasionou um reforço. Ganhou a corrida contra Cam Bedrosian e ficou com a 7ª vaga do banco, sendo usado como principal Long Reliever.

Desde subir, teve 2 jogos em que teve uma performance muito pobre, contra Oakland e Texas, que mancharam seus números. Tirando esses momentos de insanidade, tem sido um bom reliever, arremessando mais que 2 entradas nos 3 últimos jogos.

Passou Salas na tabela de qualidade do Bullpen, mas não tem vaga garantida. Ainda sofre ameaças do ex-"Monstro de 3 Cabeças do Arkansas" (Morin, Bedrosian e R. J. Alvarez), mas se segura por arremessar mais entradas por jogo. O principal concorrente num futuro próximo é Hector Santiago, que logo sairá da rotação, mas permanecerá no time. E este tem a vantagem de ser canhoto.


Cam Bedrosian, RHP, Middle Reliever


É o futuro Closer dos Angels, não há como negar. Pego na 1ª rodada do Draft de 2010, foi avassalador no AA Travelers nesse ano, com um ERA de 1.37, um K/9 de 14.4 (QUATORZE PONTO QUATRO) e 12 Saves em 25 jogos. Mas ainda não correspondeu nas Majors

Bedrock estreou bem contra Houston, sob os olhos de seu pai, Steve Bedrosian, renomado Closer dos anos 80 e 90, mas decaiu de uma forma assustadora nos 5 jogos seguintes, cedendo 9 corridas em 4.2 entradas, para um ERA de 17.36.

Foi prontamente mandado novamente para Arkansas, mas voltou recentemente. Jogou em 8 e 9 de julho e passou ileso, com 1 Hit, 0 Walks e 1 K. Voltou pras minors com o retorno de Salas da DL.

O futuro de Bedrosian no time este ano ainda é incerto. É ridiculamente bom no nível Double-A, mas não está pronto, e isso não se resolve da noite pro dia. Provavelmente vai ficar subindo e descendo até setembro, onde abrem-se 15 novas vagas no Roster Ativo.

Tem qualidade, vai sim ser uma estrela ou um grande peso numa troca, mas ainda não está maduro para lançar nas grandes ligas.


Michael Kohn, RHP, Middle Reliever


Figurinha carimbada no bullpen dos últimos anos, Kohn têm sido um reliever médio nas 4 temporadas profissionais pelos Halos. Em seu único ano completo, 2013, postou um ERA de 3.74, e ficou com uma sobra de vaga para 2014.

Fez um mês de abril muito sólido, e estendeu a boa forma até o meio de maio, com um estupendo ERA de 0.93, entrando quase sempre em situações de pouco risco. Com um lugar garantido na frágil rotação do começo do ano, parecia que teria sua temporada de revelação, mas desandou no final de maio, com 6 corridas cedidas em 6 jogos, o que custou sua vaga.

Foi mandado pra baixo para dar uma oportunidade para Cam Bedrosian, e até agora não voltou. Têm sido bem usado em Salt Lake, com um ERA de 2.74 e 5 Saves em 15 jogos, mas dificilmente terá oportunidades na MLB ainda esse ano.


Jason Grilli (RHP, Set-Up Man), Joe Thatcher (LHP, Lefty Specialist) e Huston Street (RHP, Closer) ainda não se qualificam em tempo de jogo como os outros, sendo  ainda aplicada a eles a mini-análise feita aqui. No final do ano, terão números mais extensos, o que permitirá um melhor apanhado.


Ordem

1-6: Starter, Long Reliever (Rasmus)
7: Morin/Thatcher
8: Jepsen
9: Smith


Estatísticas


Aqui, serão analisados somente os relievers "qualificados", ou seja, que arremessaram mais que 25 entradas pelo time. São eles Mike Morin, Fernando Salas, Kevin Jepsen e Joe Smith. Cory Rasmus, com suas subidas e descidas, acaba ficando com 17 IP, e Jason Grilli e Joe Thatcher ainda têm muito pouca atuação pelos Angels. Apenas por curiosidade, teremos os números de Ernesto Frieri, que também seria um qualificado, apesar de ter sido trocado.

Innings Pitched (IP)
Entradas Arremessadas

Smith      42.2
Jepsen   39.0
Morin      34.2
Frieri       31.0
Salas      29.2

Earned Runs Average (ERA)
Corridas merecidas cedidas a cada 9 entradas

Morin 
Jepsen    2.08
Smith       2.32
Salas       3.03
Frieri        6.39

Strikeouts Per 9 Innings (K/9)
Strikeouts a cada 9 entradas

Jepsen    11.1
Frieri       11.0
Smith        9.7
Salas        9.1
Morin        7.8


Walks Per 9 Innings (BB/9)
Walks a cada 9 entradas

Smith        1.9
Morin        2.3
Frieri         2.6
Jepsen     3.5
Salas        3.6

Batting Average Against (BAA)
Média de Rebatidas contra o arremessador

Jepsen       .178
Smith          .192
Morin          .223
Salas          .239
Frieri           .268

Walks, Hits per Inning Pitched (WHIP)
Walks e Rebatidas por Entrada Arremessada

Smith            0.89
Jepsen         1.00
Morin            1.03
Salas            1.31
Frieri             1.35

Saves (Sv)

Smith 15
Frieri 11





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