quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Player Power Rankings #4 - #20 à #11


Aqui as caras já são mais conhecidas. Esses 10 foram importantes coadjuvantes na temporada e tiveram seus bons momentos em suporte aos 10 próximos. Aqui começam a aparecer as medidas de WAR (Wins Above Replacement), dos jogadores que contaram mais de 1 WAR no ano, na medida de dois sites de estatísticas, o baseball-reference.com e o fangraphs.com.


#20 - Nick Tropeano (SP)




Stats MLB: 3-2, 37.1 IP, 3.82 ERA, 9.1 K/9, 1.32 WHIP, 1.1 Fangraphs WAR (fWAR).
Stats AAA: 2-6, 88.0 IP, 4.81 ERA, 9.8 K/9, 1.51 WHIP.
Destino em 2016: #5 Starter nos Angels/Long Reliever/Starter no AAA Salt Lake.

Tropeano veio dos Astros, numa troca junto com Carlos Perez, por Hank Conger. Sim, você leu certo. Dois jogadores do Top 20 no ano chegaram aqui por um Catcher reserva, especialista em Pitch Framing, que não teve o retorno esperado pra Houston em 2015. Claro que a defesa dos Catchers hoje em dia é um dos principais pontos de valor em seu jogo, mas fica o cheiro de que os Halos ganharam a troca por muito.

Nick, um dos jovens Pitchers que vieram no projeto de Jerry Dipoto de reconstruir o Farm, começou o ano no AAA e não fez muita coisa, sendo um arremessador um pouco abaixo da média mesmo na PCL, e mesmo no Salt Lake Bees. Subiu uma vez em abril para seis entradas de Shutout, mas logo voltou. Lidou com uma tendinite no fim de maio e perdeu um mês na recuperação, mas retornou forte e conseguiu callups de um jogo no fim de julho e de agosto. Subiu com o resto em setembro e ganhou chances como Starter, compilando um ERA de 2.53 no mês e saindo do ano com uma boa impressão. 

Conseguiu colocar seu nome nas rodas de conversa para a rotação do ano que vêm e mostrou o segundo melhor Changeup da organização. Se o time não o der a vaga de titular já em abril, pode ser que seja mandado novamente pro AAA para ter jogos regulares, invés de arremessar três entradas a cada 10 dias vindo do Bullpen. Aos 24, tem uma boa projeção de futuro e pode ser uma peça a ficar um longo tempo em Anaheim.



#19 - Fernando Salas (RP)



5-2, 63.2 IP, 4.24 ERA, 3.15 Fielding Independent Pitching (FIP), 10.5 K/9, 1.14 WHIP.
Destino em 2016: Mid-Reliever nos Angels.

Entra ano, sai ano e Fernando Salas ainda não passa a imagem de ser um reliever confiável e pronto para enfrentar situações de alto risco pelo time. Até passa três semanas sem cedeu uma corrida, mas quando as cede, são aos pares e mandam o jogo pra longe. É um Extreme-Flyball Pitcher que não consegue tirar vantagem das características do Big A (5.50 ERA em 36 entradas em casa). É um reliever que vai bem sem pressão (.631 OPS contra sem ninguém em base) e almeja entrar em situações delicadas, mas tem um OPS contra de .824 quando joga com homens em base.

Mesmo assim, consegue altos níveis de Strikeouts, controla muito bem os Walks e leva um FIP exemplar (ainda mais para um arremessador que gera contato para bolas altas), aspectos que o garantem mais um ano como reliever Halo. Não garanto que vamos começar a gostar dele, mas pelo menos ele têm sido meramente efetivo.


#18 - C. J. Wilson (SP)



8-8, 132.0 IP, 3.89 ERA, 7.5 K/9, 1.24 WHIP, 3.1 BB/9, 1.3 Baseball-Reference WAR (bWAR), 1.4 fWAR.
Destino em 2016: Se não for trocado, Starter nos Angels.

O fantasma da troca assola Wilson desde o fim de 2013, quando percebeu-se que o contrato de ~15MM por ano não estava gerando muito resultado em campo. Uma temporada pífia em 2014 não fez muita ajuda para o seu caso e diminuiu seu valor. Agora, provavelmente o time teria que pagar uma parte do salário anual (alô Josh Hamilton) para o custo/benefício valer a pena para outro time.

Ainda assim, tentou uma recuperação esse ano. O WHIP, Hits/9, K/BB e a taxa de Walks são os melhores desde a candidatura a Cy Young em 2011 (que o trouxe para os Halos por um alto preço em 2012). Ainda não são lá excelentes, mas mostram um sinal de que C. J. talvez ainda tenha algo no tanque pra mostrar em seu último ano se contrato em 2016 (se quiser um contrato decente em '17). De fato completou 8 entradas quatro vezes no ano, incluindo seu primeiro jogo do ano.

Mas quase tudo isso foi por água abaixo quando sofreu com uma inflamação no ombro esquerdo (que o incomodou o ano inteiro e forçou várias retiradas de líquido da região ao longo da temporada) e resolveu sair de campo para tratá-la, no final de julho. Com o time confiante em Heaney para a rotação, acabou sua temporada por ali escolhendo a cirurgia e foi pra DL de 60 dias, o que incomodou alguns jogadores por estar "escolhendo a auto-preservação" invés de ajudar o time. Tal ato vazou para a mídia e contou para uma das várias controvérsias em que os Angels estiveram presentes esse ano, incluindo, mas não se limitando a:
Realmente alguém do grupo de Relações com a Mídia e o Público vai ser demitido nessa offseason.

O rendimento de C. J. esse ano não vale 20 milhões, ainda mais com briga por vagas de rotação, mas a experiência, a resistência e a esperança de uma boa temporada o coloca como Starter no Opening Day.


#17 - Cesar Ramos (RP)



2-1, 52.1 IP, 2.75 ERA, 3.02 FIP, 1.33 WHIP, 7.4 K/9.
Destino em 2016: Long Reliever/LOOGY (Lefty-One-Out-Guy) nos Angels.

Cesar Ramos veio dos Rays por Mark Sappington (RP, AA) no fim de 2014 e,até agora, configurou mais uma troca bem sucedida pros lados de Anaheim. Não teve muito espaço no Bullpen, disputando sem sucesso com Street, Smith, Gott e Salas, o que fez cair seu uso e ser caracterizado apenas como o "segundo canhoto do bullpen", o que é um luxo para muitos times. Mesmo assim, mostrou que pode ser um canhoto capaz e resistente, postando ótimos números em situações de baixo e médio risco. Vai pro terceiro ano de Arbitration e deve ficar no time, esperando ver seu uso subir em quantidade. 


#16 - David Murphy (LF)



48 G, .265 AVG, .681 OPS, 5 HR, 6 2B, 23 RBI.
Destino em 2016: Free Agent.


Aquele cara que entra no gosto da torcida mesmo não fazendo muito. Todo ano tem um, como Grant Green, J. B. Shuck, Mark Trumbo e afins. Estava tendo uma temporada muito boa pelos Indians e veio na Deadline por Eric Stamets, o único SS do sistema entre Featherston e Baldoquin, provando que os Angels REALMENTE precisavam de ajuda no outfield. Não repicou a média superior a .300 que conseguiu em Cleveland, mas ajudou em momentos clutch, teve 8 jogos multi-hit e mandou uma mão cheia de bolas pra lá do muro, enquanto competia com DeJesus e Victorino pelo tempo de jogo. A opção do contrato de 7 milhões para 2016 ficou muito cara para a produção que entregou, e a pouca flexibilidade da folha de pagamento dos Halos não ajudou muito. Vai pro mercado e provavelmente vai achar um time que lhe dê mais at bats regulares.


#15 - Jose Alvarez (RP)



4-3, 67.0 IP, 3.49 ERA, 3.60 FIP, 1.20 WHIP, 7.9 K/9.
Destino em 2016: Long Reliever/Spot Starter nos Angels.

Alvarez foi o não-Starter mais usado do ano, com 67 entradas na conta. Foi a opção primária para Long Reliever e entrava como LOOGY ocasionalmente, quando Mike Scioscia resolvia bancar o espertão. Não apresenta nada demais em seu jogo, mas tem a resistência e a consistência para começar partidas no monte, se necessário. Postou bons números e é um candidato a continuar no time por algum tempo, tendo 26 anos e a primeira oferta de Arbitration só em 2018.


#14 - Carlos Perez (C)



Stats AAA: 17 G, .361 AVG, .973 OPS, 8 2B, 2 HR, 12 RBI.
Stats MLB: 86 G, .250 AVG, .645 OPS, 4 HR, 13 2B, 21 RBI, 2 SB, 1.1 bWAR, 1.1 fWAR.
Destino em 2016: Catcher nos Angels.

O "fill-in" da troca já mencionada acima pode vir a ser o mais importante e útil dos três envolvidos. Carlos Perez veio de Houston mostrando uma boa luva e instintos defensivos, mas ainda faltava uma certa lapidação para ser considerado um backstop de nível MLB. Com a aquisição de Drew Butera na offseason, Perez foi pro AAA e amassou a bola com um bastão quentíssimo, mesmo para o ambiente onde estava inserido.

Estreou no começo de maio, quando a situação de Catcher estava no fundo do poço (Iannetta batendo .098 e Butera demitido), e já fez o primeiro impacto: Walkoff Home Run no primeiro jogo na MLB. Teve um mês de maio mediano, mas rebateu apenas .188 de junho a agosto, perdendo um pouco do embalo inicial e se segurando no time pela defesa (38% de corredores eliminados tentando o roubo de base, Caught Stealing). Deu a volta por cima em setembro, sendo um dos pilares da retomada Halo à briga pelo Wild Card, com média de .347 e OPS de .871. Se conseguir construir em cima desse último mês, tem tudo pra ser o titular em 2016, mesmo com a chegada de Geovany Soto.


#13 - Erick Aybar (SS)



156 G, .270 AVG, .639 OPS, 3 HR, 30 2B, 15 SB, 1.0 fWAR, 2.3 bWAR.
Destino em 2016: Shortstop no Atlanta Braves.

É chegada a hora de nos despedirmos do SS que jogava um baseball de pelada e que enchia a tela com suas jogadas inusitadas. Depois da saída de Howie Kendrick, agora Aybar desmonta de vez o miolo de infield que apareceu no Roster de Opening Day dos Halos por quase uma década a fio. Teve seus momentos baixos, mas compensou com coisas como isso e isso.

Depois de um ano indo pro All-Star Game em 2014, era esperada uma regressão na temporada de 31 anos. Idade pesa pra Middle-Infielders, porque tira a velocidade e a agilidade, reduzindo seu alcance. Mesmo assim, melhorou seus números defensivos em relação ao último ano (voltando ao seu normal na carreira). No bastão, sofreu com a concepção de Mike Scioscia de que ele é um bom Leadoff Hitter mesmo tendo apenas .301 em OBP, stat de partida para medir o valor de Leadoffs. A falta de poder ao bastão não incomoda muito pela posição em que joga, mas 3 HRs no ano é baixo até pra ele. O único aspecto que não mostra declínio é a velocidade, que ainda é acima da média e rendeu 30 Duplas por 5 anos seguidos.

Era uma garantia para a posição de Shortstop em 2016, mas foi trocado pros Braves por Andrelton Simmons. O que mais doeu na troca, porém, foi a ida do prospecto Chris Ellis e a escolha de primeira rodada de 2014, Sean Newcomb, pra Atlanta. Aybar está envelhecendo e precisava sim de um substituto pra 2017 (e considerando que Taylor Featherston não está confiável, Grant Green saiu, Eric Stamets foi trocado, Josh Rutledge não vingou e Roberto Baldoquin ainda está no A Adv, não tínhamos um plano muito bom a longo prazo), mas fica a sensação de que os Halos pagaram demais, mais do que por Huston Street. O tempo dirá.


#12 - Johnny Giavotella (2B)



129 G, .272 AVG, .694 OPS, 4 HR, 5 3B, 25 2B, 2 SB, 1.0 bWAR, 1.1 fWAR.
Destino em 2016: 2B Titular nos Angels, até segunda ordem.

O menino Johnny, jovem de tudo, que mofou no Farm dos Royals, foi alvo de uma aposta de Jerry Dipoto para a posição de 2B, ganhou o coração do Fandom no Spring Training e, contra todas as chances, abriu a temporada no campo, como titular, acabou tendo uma temporada bem decente, depois de tudo. No último dia de abril, só ele (.317), Mike Trout (.329) e Kole Calhoun (.315) tinham médias acima de .238 e o trio levou o time nas costas no primeiro mês.

Depois que garantiu a vaga no lineup diário, a excitação inicial passou, o bastão esfriou e a defesa começou a se mostrar inconsistente, contando para 12 erros e um Range Factor um tanto abaixo da média na 2B. Isso já foi suficiente para os críticos começarem a aparecer, mas o valor de Giavotella estava escondido em algumas estatísticas um pouco escondidas do público em massa. O garoto rebateu .325 com homens em base, .359 em situações classificadas como "alto risco" e um inteiro .400 em jogos "Late and Close" (7ª entrada pra frente, ganhando por um/empatado/perdendo por até três). Resumindo, Johnny G foi Clutch, e isso não se mede. No final das contas, contou até para 2.3 oWAR (WAR ofensivo, Baseball-Reference).

Teve problemas no fim de agosto com um músculo atrás do olho, que o fazia ver dobrado. E, se já é difícil rebater uma bola de baseball, imagine duas. Ficou um mês de fora, mas incendiou o campo quando voltou. .407 AVG, 1.263 OPS em 9 jogos depois de 25 de setembro, provendo uma ajuda valiosa da parte de baixo do alinhamento. Dessa sequência, gerou a imagem que lhe apresenta, rebatendo uma tripla no Big A e mergulhando na base sem necessidade alguma, no melhor estilo "I'M BACK!". A princípio, volta como titular ano que vem e deve ser o reserva imediato em caso de contratação grande. Mesmo ficando no campo, não deve machucar muito o time e teria bom valor rebatendo nos momentos certos.


#11 - Trevor Gott (RP)



Stats AA: 19.2 IP, 3.20 ERA, 9.2 K/9, 1.32 WHIP, 8 Sv.
Stats AAA: 8.1 IP, 0.00 ERA, 10 K, 5 BB.
Stats MLB: 47.2 IP, 3.02 ERA, 5.1 K/9, 3.0 BB/9, 1.23 WHIP

O reliever que veio de San Diego junto com Huston Street e simplesmente pegou a 7ª entrada pra si em sua temporada de Rookie. Com 22 anos, estreou na MLB arremessando 9.2 entradas sem sofrer nenhuma corrida e se transformou no 3º melhor braço do Bullpen, contando com uma bola rápida de 98mph com grande movimento. Ainda tem o que trabalhar no campo de controle, já que não sabe muito bem como lidar com o movimento de seu melhor arremesso, e lapidar isso pode o transformar em um reliever de elite, abaixando os Walks e aumentando os Strikeouts. O potencial está aí, só precisa ser polido.

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