O Line-Up é uma das coisas mais básicas de um time de
baseball. Mas não é só um amontoado de jogadores ordenados aleatoriamente. Há
toda uma estratégia desenvolvida pelos mais de 150 anos profissionais do
esporte, e os conceitos mudam juntamente aos estilos de jogo de cada era. Preparem-se para o tour!
1º, o Homem de LeadOff
Nos Angels: Cowgill, Aybar, Calhoun.
Tem que ser um jogador que chega constantemente em base e
que seja rápido, para roubar bases e conseguir duplas e triplas.
2º, o Homem de Contato
Nos Angels: Mike Trout.
É um jogador que, além de ser rápido, tem que rebater
decentemente e ocupar muitas bases, seja por rebatidas ou por Walks. Impulsiona
o homem de LeadOff para uma posição de anotar corrida, mesmo sendo às vezes
eliminado para isso.
3º, o Número #3.
Nos Angels: Albert Pujols.
É o principal rebatedor da ordem, e também o mais completo. Rebate HomeRuns, chega em
base e impulsiona os dois primeiros. Tem o equilíbrio entre força, contato e
velocidade, e costuma ser o mais produtivo.
4º, o Clean-Up
Hitter
Nos Angels:
Howie Kendrick, Josh Hamilton.
Serve, como o nome indica, para limpar as bases. Rebate com
muita força e consegue o maior número de HomeRuns e RBIs do time. Por isso, os 3
primeiros têm que ser jogadores que chegam em base. Assim, o Clean-Up Hitter
pode impulsioná-los para marcar corridas. É melhor rebater um HomeRun com
jogadores em base do que sozinho.
5º e 6º, os Clean-Up Hitters menos habilidosos.
Nos Angels:
David Freese, Raul Ibañez, C. J. Cron, Chris Iannetta.
Têm a mesma função do 4º, rebater com força, mas não têm
tanto poder como este. Ainda são ótimos rebatedores, mas não o melhor.
Geralmente é onde fica o DH na Liga Americana.
7º e 8º, o Resto.
Nos Angels:
Erick Aybar, Grant Green, Ian Stewart.
Geralmente não têm muito uso no ataque, estando no time principalmente
pela sua capacidade defensiva. Geralmente ocupados por 2B, SS e Outfielders
mais defensivos.
9º, a Posição da Discórdia.
Nos Angels: J. B. Shuck, Colin Cowgill, Pitchers (quando
enfrentando times da NL).
Na Liga Nacional, o Pitcher (que é quem tem menor habilidade
ao bastão, por não treinar esse atributo) rebate em 9º e pronto. Já na Liga
Americana, é uma posição alvo de muitos estudos e estatísticas. Existem duas principais teorias:
- O pior do elenco, já que ele é “eliminável” e após disso
entram os melhores, do topo da ordem.
- Um segundo LeadOff Man, que chega em base, justamente para
prolongar a entrada para dar uma chance com jogadores em base aos rebatedores mais
habilidosos. É a tática usada pelos Angels atualmente.
A Ordem de Bragan:
O Line-Up é uma das coisas mais estudadas desde os
primórdios do baseball, e se adapta aos diferentes estilos de jogo com o passar
do tempo. Mas e se tudo isso fosse mais simples?
A teoria de Bobby Bragan define que a ordem de rebatedores
fosse definida pelo seu Batting Average (Avg). Por exemplo: nos Angels, o
primeiro seria Albert Pujols, então Mike Trout, Colin Cowgill, Howie Kendrick,
C. J. Cron, Grant Green, Erick Aybar, Chris Iannetta e Ian Stewart.
Como ela nunca foi testada, não é possível saber se é
efetiva. Num momento de correr bases, por exemplo, um jogador mais lento poderia
“atrasar” os outros, fazendo a equipe ganhar menos bases e anotar menos
corridas. Por outro lado, em simulações de computadores, que levam em
conta somente os números, a Ordem de Bragan levaria um time a, em média, 2
vitórias a mais por ano.
Esse alinhamento ainda é uma das lendas do baseball, mas
seria muito divulgado caso fosse utilizado, e a prova seria tirada. Será que 150 anos de esporte, e esse trabalho de fazer um
padrão para os Line-Ups, serão em vão?
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