quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Quem realmente ajudou (e quem não) nos CallUps de Setembro

Tony Campana anotando uma corrida. Não temos novidades.


No começo do mês, eram quase todos desconhecidos, e 6 deles marcaram seus nomes, para o bem ou para o mal. Foram escolhidos um jogador de posição, um Starter e um Reliever (mentira, escolhi os jogadores e só depois vi a coincidência) em cada categoria.



Quem ajudou


Tony Campana

Eu realmente gostei do que vi até agora de Campana. Enquanto uns achavam que ele era só um contra-peso na troca por Joe Thatcher, acabou sendo mais importante pro time que o primeiro.

Entrou principalmente como Pinch Runner e foi altamente efetivo, mesmo com uma pequena amostragem de jogos. Anotou corrias em 6 das 9 vezes em que esteve em base, e até conseguiu uma boa rebatida com bases lotadas e 2 outs contra Seattle em 15/09, impulsionando duas corridas.

Fechou 2014 enchendo os olhos dos torcedores, e provavelmente tem uma vaga garantida, ao menos, no Spring Training do ano que vem, com possibilidade de fazer parte até do Roster dos Playoffs, a ser anunciado amanhã, 02/10. Se melhorar ao bastão, pode entrar na dura briga pelo banco em 2015, contra Collin Cowgill, Efren Navarro e Grant Green.


Wade LeBlanc



Confesso que não imaginei que colocaria LeBlanc numa lista de "boas coisas" no final da temporada, ainda mais após 3 demissões de 2 times diferentes. Mas ele se provou e mereceu estar aqui.

A temporada de Wade se dividiu em duas, com o divisor no CallUp de Setembro. Fez 3 jogos horríveis na MLB até 25 de agosto (10.12 ERA em 10.2 Entradas) e teve um ano apenas mediano com Salt Lake no Triple-A, mas mesmo assim foi chamado. E agradecemos muito a quem fez essa aposta.

O jovem canhoto, de 24 anos, deu show em setembro, sendo, discutivelmente, o melhor arremessador Halo do período. Um ERA de 0.47 acompanhado de uma sequência ainda corrente de 17.2 Entradas sem ceder corridas torna ainda melhor a taxa de 14 Strikeouts para 1 Walk.

Com os Angels indo com uma rotação confirmada de 3 Homens na PostSeason, ainda têm limitadas chances de jogar em outubro, mas perde na corrida dos Long-Relievers para Hector Santiago e Cory Rasmus.


Vinnie Pestano



Na organização do Cleveland Indians desde 2006, Pestano era o closer de um futuro que nunca chegou. Foi colocado em Waivers esse ano e os Angels decidiram arriscar. E foram recompensados.

O destro chegou arrasando num jogo contra Boston, seu único antes de setembro. Com o time perdendo na 9ª, entrou e fez 3 Strikeouts. Caiu no gosto do povo e ganhou uma vaga no Roster de 40 depois de continuar o ritmo em Salt Lake (8 IP, 12 K / 4 BB, 2.25 ERA).

Chegou no time grande e têm sido dominante em suas limitadas aparições em situações fora de perigo. Contando só o mês passado, soma um ERA de 1.04, 10 K / 3 BB e .167  em Batting Average Against, que podem o credenciar a uma vaga no dominante Bullpen Divino pra Pós-Temporada. Com certeza volta pro ano que vem, passando por Arbitration, pra brigar por uma vaga no Elenco Ativo. E tem potencial...


Quem não ajudou


John Buck

Ele não tem foto em campo com os Angels. Essa é de 2012. Olha o nível...

Sério. Alguém lembra dele? Ocupou um lugar no Roster de 40 inutilmente, como 3º Catcher. Ocupa um lugar inútil aqui, e só entrou porque nenhum dos CallUps que jogam no campo se dignou a decepcionar tanto (cof, cof, Brennan Boesch, cof).

No seu 8º time em 5 anos, o veterano passou a maioria de seu tempo em Salt Lake, onde não foi tão zero à esquerda assim. .294 de média e quase .800 de OPS, junto com 8 Duplas e 2 Homers em 33 jogos, deram uma vaga em setembro pra ele.

Mas de repente seria legal se Mike Scioscia soubesse que ele foi chamado. Tio Mike vêm consolidando Chris Iannetta como titular e colocou Hank Conger no final do mês para jogar com os reservas e melhorar o ataque. Resultado? 5 aparições ao bastão para o menino Buck, que não jogou nem quando todos estavam de ressaca depois do título da AL West. Entrou como Reposição Defensiva em 5 jogos (4 já decididos na hora da substituição) e teve uma rebatida.

Não se sabe se sua defesa o segura por mais um ano de Minors nos Bees, ou se vai estar à procura de telefones novamente nessa OffSeason.


Michael Roth



Saindo do AA Arkansas com todo o Hype possível, não conseguiu encantar tando a nível avançado. Tinha uma temporada marcante nas Minors, com 11-7 e 2.62 ERA em 140.1 entradas pelos Travelers e chegou a ser um nome quente para substituir o defunto Garrett Richards na rotação, antes da ideia do Bullpen Day.

Mas, no final, foi um clássico exemplo de jogador jovem demais, precoce demais, que veio no embalo e não conseguiu continuar. Em 5.1 Entradas em setembro, cedeu 8 corridas e estragou praticamente todos os jogos em que entrou. Depois do título, entrava só pra comer entradas a cada 5 dias, independente de sua performance, quando já não valia mais nada.

Voltará pras menores e provavelmente vai começar o ano em Salt Lake, e espera-se que volte setembro que vem, com uma performance melhor em alto nível.


Cam Bedrosian



Mesmo caso de Roth, só que entre os arremessadores de relevo. O melhor Closer do Farm System apanhou bonito quando subiu, e gerou descrença geral, apesar de ainda não estar lapidado o suficiente pra seguir os passos do pai, Steve Bedrosian, astro dos anos 80 e 90, Closer, All-Star e Cy Young da NL em 87.

Cam voou baixo pelo sistema em 2014, e subiu do A Advanced para o AAA em questão de meses. Entrando no radar Halo rapidamente com seu ano de ERA de 2.00, 18 Saves e 16.4 K/9, foi muito cedo pra liga que importa e não manteu o ritmo. Mesmo depois de ser mandado de volta pra baixo, voltou em Setembro.

O que mais incomoda em Bedrosian é a inconsistência. O reliever de 22 anos consegue um jogo de 2 Entradas 1-2-3, e no próximo cede 3 corridas em 0.2 Entrada. Em setembro, Bedrock teve um ERA de 4.70 em 7.2 Entradas, 5 Walks e 7 Strikeouts, o que passa longe do ideal prum aspirante a Closer.

É volta certa no ano que vem, tem vaga cativa no Spring Training e no Roster de 40, mas vai ter que provar ser um bom jogador na Pacific Coast League, um paraíso dos rebatedores, antes de conseguir outro espaço tão cedo nas maiores.

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