terça-feira, 21 de outubro de 2014

Ranking Geral dos Jogadores, Parte 3: #29 a #20


E aqui estamos de novo! Hoje, os jogadores que têm uma vaga quase garantida no Spring Training e o começo do 25-Man Roster, o elenco ativo.

#29: Vinnie Pestano, RP




Majors (Angels): 12 Jogos, 9.2 IP, 0.93 ERA, 0.93 WHIP, 12.1 K/9
Minors: 6 Jogos, 8 IP, 2.25 ERA, 12 K, 4 BB, 1.37 WHIP
2015: Bullpen dos Angels

Começamos a lista com um improvável candidato ao Bullpen de 2015. Vinnie Pestano foi adquirido dos Indians por Mike Clevinger (Pitcher prospecto nível Single-A) e acabou sendo um grande roubo, pelo menos com a amostragem que temos até agora. Começou forte nas ligas menores e subiu em setembro pra mostrar seus Strikeouts pra grande massa.

Com a reviravolta que deu desde o tempo de Indians, Pestano provou que conseguiu evoluir mesmo aos 29 anos, e deve brigar por uma vaga secundária no Bullpen do ano que vem. E ganha pontos por ser barato, por ainda estar num dos anos de Arbitration.

*Sim, você já leu sobre ele. É que eu, acidentalmente, repeti a posição #38 no post passado. Arrumei, e ele, o #30, subiu de lista. Tudo certo agora, Play Ball!


#28: Cam Bedrosian, CP





Majors: 17 Jogos, 19.1 IP, 6.52 ERA, 1.81 WHIP, 9.3 K/9

Minors: 43 Jogos, 45.0 IP, 2.00 ERA, 0.75 WHIP, 16.4 K/9, 4.56 K/BB, 18 Saves.
2015: Closer no Triple-A Salt Lake, pra solidificar o jogo.

Como vemos nos Splits acima, era só muito cedo pra Cam Bedrosian jogar nas Majors. O prospecto passou por Tommy John em 2011 e usou 2012 só pra retomar ritmo de jogo. A partir daí, subiu como um foguete pelo sistema dos Halos, indo do A-Adv Inland Empire para a MLB, só em 2014.


Mas, às vezes, isso não é bom. A evolução vem naturalmente, mas no momento certo. Bedrock Júnior passou a maioria do ano no AA Travelers e, mesmo indo muito bem (ERA de 1.11 em 30 jogos), não estava preparado para enfrentar jogadores do calibre das ligas maiores, muito diferentes dos do AA-ball.


Resultado? Um fiasco inconstante. Apesar de mostrar jogos de duas entradas intactas, ficou marcado pelos jogos que entregou, cedendo 2 ou 3 corridas, acabando com chances de comeback. Tem habilidade pra brigar pelo Bullpen e subir umas 10 posições nesse Ranking ao final do ano que vem, mas tem que se acostumar aos caras grandes. E o time tem que ter paciência com ele.



#27: Grant Green, 2B (SS, 3B, LF, RF)





Majors: 43 Jogos, .273/.635, 1 Home Run, 5 Duplas, 11 RBIs

Minors: 48 Jogos, .333/.904, 5 Home Runs, 17 Duplas, 42 RBIs
2015: Banco dos Angels, Titular no Triple-A Salt Lake

Chegando à metade da tabela, temos uma situação interessante. Grant Green é um habilidoso homem de utilidade de apenas 27 anos, com boa defesa, bom bastão e contrato barato. Não jogou muito em 2014 por motivos de que o meio do Infield dos Angels é um dos melhores da liga, com Aybar e Kendrick, e o time tinha que dar uma chance a Freese, recém-chegado, na 3ª Base.


É um dos que aproveitou o ano passado, em que os Angels já não brigavam por nada em setembro e queriam testar jogadores. Mas essa temporada foi diferente, e com um time melhor e sem lacunas no campo interno, as chances de Green começaram a diminuir. Arrumou um pouco de tempo de jogo no Left Field em maio, com a contusão de Josh Hamilton (mas perdeu a posição pra um emergente Efren Navarro), e jogou na 2ª Base no final de setembro, só pra aproveitar o CallUp. No último mês, postou um 2-19 ao bastão, que não ajudou a sua causa.


Vai começar a briga novamente em 2015, apostando tudo no Spring Training. Pode ganhar uma vaga-surpresa no banco (ou até no campo), se os incansáveis rumores sobre uma troca de Howie Kendrick por um arremessador finalmente se confirmarem. De certo, só em 2016, quando o Infield vai se desfazer por término de contratos. Resta saber se vai continuar com vontade de jogar nos Angels até lá.



#26: Josh Hamilton, LF (CF, DH)





Majors: 89 Jogos, .263/.745, 10 Home Runs, 21 Duplas, 44 RBIs, 108 K

Minors: reabilitação, 3 Jogos, 6-13, 2 Duplas.
2015: Left Fielder, Designated Hitter nos Angels 

Não podemos falar que Josh Hamilton passou mais um ano em branco. Pelo menos, ele ganhou o Troféu Contusão Mais Estúpida do Ano, criado exatamente agora, por mim. O indecente conseguiu interromper uma ótima sequência no começo do ano (12-27, 2 HR, 6 RBI) em 11 de abril, quando foi prum slide totalmente desnecessário na 1ª base (cansei de colocar Caps Lock nessa frase, então vai sem emoção mesmo), que o fez fraturar o dedão esquerdo e perder dois meses na temporada.


Até bateu um Home Run quando voltou, mas simplesmente não conseguiu continuar a fase. Alternando entre LF e DH, o ex-All-Star pelos Rangers viu seu Batting Average cair e os Strikeouts em bolas lentas aumentarem. Ficou fora do último mês com problemas no ombro e não fez tanta falta assim, convencendo alguns que era dispensável. Em outubro, somou para 0-13, selando um ano esquecível.


Sua inabilidade de rebater ChangeUps e de conseguir Home Runs em casa (0 em 2014) custou o último fio de esperança do torcedor, e ele vai ter que se provar muito bem ano que vem, pra justificar o contrato de 5 anos e 133 milhões de dólares do qual aproveita. Vai pra 2015 sobre pressão, com um tico de confiança do staff e precisando estabelecer um vínculo com os fãs que nunca foi criado.



#25: Hank Conger, C





Majors: 80 Jogos, .221/.618, 12 Duplas, 4 Home Runs, 25 RBIs

Não jogou nas ligas menores pelos Halos
2015: Catcher reserva nos Angels

Draftado na 1ª Rodada em 2006, Conger é o sucessor natural de Iannetta quando o contrato deste acabar, em 2015. Desde os menores níveis do Farm, mostrava algum poder ao bastão (5 de 6 temporadas com 10+ Homers), mas mudou seu jogo pra defesa quando atingiu a MLB.


Em seu 5º ano de serviço nas maiores, conseguiu esse ano seu recorde em aparições ao bastão, Walks e RBIs, mostrando que ainda está evoluindo aos poucos. Seu Pitch Framing (movimento do Catcher com a luva após um arremesso, fazendo uma ball ser considerada um strike pelo Umpire) é ótimo e sua taxa eliminando tentativas de roubo é de aproximadamente 25%, na média.


Passou boa parte do ano se aproveitando de um platoon com Iannetta e entrando em jogos contra arremessadores destros, até ir pro banco permanente no final da temporada, com o time dando preferência a mais uma peça atuante pro ataque.


Pro ano que vem, o revezamento continua, já que não se pode jogar fora o OBP do Deus Italiano dos Walks, mas pra 2016 a vaga full-time é quase garantida. O time também gostaria de ver um pouco mais de Batting Average e menos bolas jogadas no Outfield ao tentar eliminar corredores.



#24: C. J. Wilson, SP





Majors: 31 Jogos, 13-10, 175.2 IP, 4.51 ERA, 1.44 WHIP, 1.78 K/BB, 1 ShutOut

Não jogou nas ligas menores pelos Halos
2015: Starter #3 nos Angels

C. J. teve o pior ano de sua carreira e ponto. Acontece, não podemos pedir 12 anos de Cy Young, e a paciência tem que dar uma chance. Só não pode se tornar um hábito. C. J. lidou esse ano com inúmeros problemas, sendo o pior deles a quantidade de bolas fora da zona de StrikeSeus 85 Walks lideraram a liga. Em 14 de seus 30 jogos não chegou a completar a 6ª entrada, mesmo mantendo sua alta taxa de arremessos por jogo. 

Mas o ano não foi só passes livres pra Wilson. Teve também seus lampejos dos anos anteriores, quando ostentava seu posto de 2º Ace da rotação. Arremessou um ShutOut contra Tampa Bay e fez 3 jogos de 8 entradas nos dois primeiros meses do ano, mas desandou em julho, postando um ERA de 6.81 e não passando da 5ª entrada em 5 dos 9 jogos do período.

Foi diagnosticado com uma lesão no tornozelo em meados de julho e ficou um mês de molho. Na volta, não melhorou seu rendimento e fechou os dois últimos meses da temporada com 4.85 ERA e 37 Walks em 12 jogos. Apesar disso tudo, teve a confiança dos técnicos e ganhou uma vaga em outubro (por falta de alguém melhor). Em sua volta aos Playoffs, fez um glorioso jogo de 0.2 Entradas no qual cedeu 3 corridas e incendiou o ódio dos fãs por sua pessoa e seu contrato (5 Anos, 77.5 Milhões, até 2016).

Pra 2015, só podemos esperar que ele volte à boa forma de antes e coloque nos registros um ano de recuperação, invés de forçar o time a colocá-lo no Bullpen. Talvez o tão pregado "Throw Strikes" na sua camisa seja a solução.


#23: Hector Santiago, SP




Majors: 30 Jogos (24 Starts), 6-9, 127.1 IP, 3.75 ERA, 1.35 WHIP

Minors: 3 Jogos, 14.0 IP, 6.43 ERA
2015: Starter #4, Long Reliever nos Angels

Envolvido numa troca de 3 times na OffSeason passada, Santiago veio pra ser uma peça de profundidade para a rotação, que estava a uma contusão de ter que usar Joe Blanton. Chegou e assumiu o posto #3 entre os titulares, mas não justificou a confiança.

Teve um dos piores inícios de ano da liga, com 7 derrotas e 4.44 de ERA nos primeiros 11 jogos, foi mandado pro Bullpen (fato marcante, pois Matt Shoemaker assumiu sua vaga) e, depois, mandado pro Triple-A, dando espaço para o recuperado de lesão Kole Calhoun.

Mas a demoção pareceu abrir os olhos do canhoto de apenas 26 anos. Determinado a voltar e se estabelecer, conseguiu sua chance quando Tyler Skaggs rompeu os ligamentos do braço e perdeu a temporada pra Tommy John. E agarrou ela com unhas e dentes.

De 10 de julho até 27 de agosto, em 10 jogos (8 starts), detonou os rebatedores adversários com um ERA de 1.84 e 4 vitórias, apesar de seu problema de resistência. Ele, Long Reliever por natureza, não conseguia passar da 6ª entrada, com uma combinação de cansaço e falta de variedade de arremessos. Tirando o pé em setembro, perdeu sua vaga na rotação da Pós-Temporada depois de um jogo de 1 entrada e 7 corridas cedidas, somando para um ERA de 6.20 no último mês.

Terminou o ano plantando dúvida na cabeça do torcedor. Conseguirá ele desenvolver resistência no braço pra se autenticar como Starter? Perderá a vaga na rotação para Cory Rasmus? Se for pro Bullpen, será o especialista contra canhotos ou Long Reliever? Voltará aos tempos de White Sox, onde conseguiu dois ótimos anos? Esperamos que essas perguntas sejam respondidas o quanto antes e com o mínimo de estrago possível ano que vem.



#22: Gordon Beckham, 2B (SS, 3B)




Majors: 26 Jogos, .268/.756, 2 Home Runs, 3 Duplas, 8 RBIs, 10 Runs

Não jogou nas ligas menores pelos Halos
2015: Infielder Reserva nos Angels

Levante a mão aqui quem acreditava que Beckham teria um final de temporada tão bom com os Halos. Ninguém? Pois bem, em me incluo aí. Vindo logo após a contusão de Richards, todos pensavam que tinha sido uma troca inútil (os mais conspiracionistas apontavam uma troca de Kendrick por um Pitcher, como sempre), mas provou seu valor nos dois lados da bola em agosto e setembro.

Apesar de carregar uma placa na cabeça com "Não consigo rebater contra destros" escrita nela, teve uma boa evolução nesse quesito, rebatendo .297 e 2 Home Runs contra dominantes da mão direita desde que chegou ao time. Na defesa, mostra boa velocidade e melhor alcance que Freese, seu concorrente no campo, e melhor bastão que John McDonald, se concorrente de banco.

Se mostrando uma ótima opção pro ano que vem, vai brigar pelo banco com Grant Green, e pode descolar uma vaga de titular na primeira lesão ou troca. Coloco fichas nele como primeiro substituto pra 3ª Base, deixando o meio do Infield pro outro.


#21: Fernando Salas




Majors: 57 Jogos, 5-0, 58.2 IP, 3.38 ERA, 1.09 WHIP, 9.4 K/9, 4.36 K/BB

Minors: 4 Jogos, 3.2 IP, 0 Runs, 2 Hits, K
2015: Bullpen nos Angels

Salas foi a outra parte do acordo de David Freese, vindo dos Cardinals, apenas como um contrapeso. O ex-Closer tinha tido temporadas não muito boas nos dois últimos anos por St. Louis e o time tinha que oferecer algo por Randal Grichuk, que foi junto com Peter Bourjos (e quase roubou a cena na Post Season desse ano).

Mesmo com mais tempo nas Minors que nas Majors em 2013, os Angels decidiram apostar e colocaram Salas no Bullpen, e o tiro parecia ter saído pela culatra. Nos primeiros 6 jogos, ERA de 4.76 em 5.2 Entradas. Desde então, começou a mostrar as garras e os arremessos que o deram 24 Saves em 2011, atuando bem em sua posição de "reliever que joga em situações de pouco perigo", cedendo corridas só quando o time já tinha garantido o jogo (ou perdia por muito), num timing impecável.

Se sustentando com um ERA decente de mais ou menos 3 até a metade de junho, Salas sentiu uma inflamação no ombro direto e saiu do time, enquanto ainda não tinha muito apelo por parte dos fãs. Voltou em 6 de julho, recuperado e com fome de conquistas, e não demorou muito pra ser saciado.

No começo de agosto, quando o Bullpen dos Angels já era uma monstruosa realidade, conseguiu a proeza de passar O MÊS INTEIRO sem ceder corridas. Uma sequência de 13 jogos, 15 entradas, 4 Hits, 18 Strikeouts e ZERO WALKS, para um BAA de .082. Conseguindo seu lugar ao sol, sofreu com a segurada no ritmo que os Halos deram no final de setembro, quando não queriam mais nada com nada. Começou a perder rendimento e terminou o mês com 9.64 de ERA em 9.1 Entradas.

Em outubro, cedeu uma corrida em 1.1 entrada contra os Royals, desempenho regular, igual ao dos outros, esquecível até, se não fosse o responsável pelo Home Run de Mike Moustakas, que deu a vitória aos visitantes do Jogo 1 da ALDS, começando a varrida.

Pro ano que vem, prevê-se que Salas volte forte e competindo pela vaga de Closer, já que Huston Street está garantido somente pelo ano que vem (embora uma extensão até 2016 não seja absurda). Tem o passado e os números pra isso, só precisa manter o nível.


#20: Tyler Skaggs




Majors: 18 Jogos, 5-5, 113.0 IP, 4.30 ERA, 1.21 WHIP
Não jogou nas ligas menores pelos Halos
2015: Recuperação de cirurgia Tommy John


O último analisado dessa lista veio na Inter-Temporada de 2013 (junto com Santiago) pra ser uma carta de Bullpen, mas se mostrou muito mais que isso. Oriundo dos DiamondBacks do Arizona (e nascido nos arredores de Anaheim), o canhoto de 23 anos foi uma das melhores surpresas do ano e estaria um lugar mais acima na lista se sua temporada não acabasse de modo tão abrupto.

Começou como Starter #5 e ganhou a torcida já no primeiro jogo, uma atuação de 8 entradas intactas contra os Astros. Num geral, fez um bom começo de temporada, embora seus números não fossem tão impressionantes, até ter a primeira lesão, no começo de junho, no tendão direito, que o tirou de campo por um mês.

Voltou pra julho e fez 6 jogos, postando um ERA de 4.21 e controlando os Walks. Quando se solidificava com Starter de final de rotação e entrava de novo no ritmo de jogo, rompeu o Ligamento Ulnar Lateral, o famoso UCL, e passou por uma cirurgia Tommy John, que o tirou da temporada e consumirá ainda a próxima, com alta prevista somente para 2016. Uma pena, porque o menino arremessava um No-Hitter por 4.2 Entradas e 7 K's no último jogo, quando, depois de uma estranha bola fora da zona, saiu do montinho sentindo o braço. Chamou os técnicos e saiu pra não voltar tão cedo. Melhoras.

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