sexta-feira, 3 de julho de 2015

2015 Season: Resumão de Junho (14-13, 41-38)

Olha! Bati outro recorde!

No meio de uma ressurgência de Albert Pujols, a continuidade do bom trabalho de Mike Trout e os arremessadores dando o sangue pra ganhar jogos mesmo sem apoio ofensivo, os Halos fecham o mês do lado positivo da tabela e têm uma folga em relação à linda dos .500. Com as trocas da Deadline por vir, aquele bastão canhoto de impacto pode ser o que falta pros Angels virarem contenders novamente.

O Cara - Albert Pujols


Não tem como não dar esse posto pra quem foi escolhido como Melhor Jogador do Mês da American League pela MLB. Na sua 7ª conquista na carreira, primeira como um Halo, The Machine passou pessoas na lista de Home Runs, igualou recordes do clube e se posicionou novamente como um dos grandes Sluggers do jogo.




Conseguiu rebater .303 mesmo com uma caída brusca no final do mês (estava com .355 no período até 23 de junho), com um OBP respeitável (.395) e um Slugging monstruoso (.737), somando para um OPS de 1.132, tudo isso com um BABIP (média ao bastão contando somente as bolas que entraram em jogo) ridículo de .218, por causa do Shift defensivo. Igualou o recorde Halo de Home Runs em um mês com 13, pra ficar ao lado de Mo Vaughn e Tim Salmon e entrou nas conversações de All Star Game e Home Run Derby. Um pouco de nostalgia é sempre bom pro velho Albert.



A Surpresa - Trevor Gott


Ninguém viu ele sendo trocado pra Anaheim. Ninguém viu ele ascender pelas minors e representar o time na Arizona Fall League. Ninguém viu motivo pra ele, draftado em 2013, ser promovido tão cedo pra MLB. Mas quando ele chegou, calou a boca e abriu os olhos de todo mundo. Trevor Gott ostenta uma sequência de 8 entradas de Shutout desde que começou a carreira na MLB, usando para tal uma bola rápida de duas costuras que vai a 97mph e possui um movimento absurdo no final da trajetória. Usa uma Curveball (Slider?) bem média, a 82mph, pra quebrar o ritmo dos rebatedores, já que só usou o ChangeUp, 89mph, três vezes no ano.

 

Com 22 anos, vem provando-se muito mais que uma peça de peso de troca, como foi tratado pelos Padres na negociação por Huston Street. Desde que chegou no Farm dos Angels, conseguiu 4mph extras na Fastball e entrou pra somar na acirrada briga por uma vaga no Bullpen Divino. O clube pode ter adquirido o Closer do presente e o Closer do futuro na mesma troca.



O Pitcher - Hector Santiago


Se você me falasse, no Spring Training, que Hector Santiago ia ser o Ace do time do começo até a metade do ano, eu riria da sua cara. Hector brigava por sua posição na rotação (depois de um ano nada confortável na MLB) contra Andrew Heaney e Nick Tropeano, que pareciam mais capacitados para a vaga. Trop saiu da briga cedo e Heaney não impressionou o suficiente pra justificar "perder" um ano de serviço dele nas Majors, então Santiago conseguiu, meio que por falta de mérito dos outros, continuar como starter. E arrasou.




Pra ter uma ideia, junho foi o "pior" mês dele, com um ERA de 3.34, e mesmo assim ainda leva a 6ª melhor marca da AL no quesito no ano, à frente de nomes como Chris Sale, David Price e Felix Hernandez. Comparado ao ano passado, cortou o WHIP em 0.22 pontos o H/9 em 1.4 pontos, além de aumentar o K/9 em 0.8 pontos e o ERA+ em 45 pontos. Não sei se vai continuar, mas aproveitemos enquanto está assim!



A Decepção - C. J. Wilson


Quando seu nome está no rumor de trocas, e você não é um prospecto, geralmente não é uma coisa muito boa. Apesar de ter melhorado desde o ano passado, Wilson ainda não fez valer o grande contrato e experimentou uma queda de rendimento em junho. O que mina sua confiança é a inconsistência, tento um jogo de 8 entradas e 1 ER seguido por outro de 3.1 entradas e 7 ER. Fechou o mês com ERA de 4.82 e 20 corridas cedidas em 6 jogos. Esse vídeo resume a temporada dele de forma absurdamente realista:




Os burburinhos falam de uma troca 1-por-1 com os Dodgers por Andre Ethier, o que ajudaria no problema Halo do LF, mas os 3 anos e 53 milhões que ainda tem por receber são um empecilho, e a possibilidade de os Dodgers comerem uma parte do contrato é remota. Nos resta a esperança de que ele ache aquele arremessador que foi em 2011 e siga sua famosa máxima: #ThrowStrikes.



A Jogada - Mike Trout rouba duas rebatidas contra os Yankees.


Pela terceira vez seguida, Trout está nesta seção da análise. E pela terceira vez mostrando uma ferramenta diferente de seu jogo. Não tem o que fazer, ele continua melhorando e mostrando porque ganhou o prêmio de MVP da AL de 2014, e porque vai ganhar outros desse. 




Nessa ocasião, tirou duas rebatidas (possivelmente Duplas) do placar ao fazer duas defesas quase idênticas e igualmente difíceis, que salvaram a performance de C. J. Wilson no jogo e praticamente seguraram a vitória para os Halos. E ambas foram em cima de Chris Young, que ficou de cara com ele:





E pra completar o dia, ainda rebateu um Home Run e roubou uma base. #MikeTroutCanDoItAll



A História - Subida de Andrew Heaney pra MLB


Fruto de uma troca polêmica envolvendo um Fan Favorite na offseason, Heaney passou um tempinho no AAA por razões de tempo de serviço na liga (lembra do caso Kris Bryant? Mesma coisa) e veio à MLB depois que Jered Weaver sofreu uma lesão no quadril. Não se esperava muito vindo do prospecto, que decepcionou um pouco no ST (em relação à expectativa gerada) e não vinha fazendo um ano de cair o queixo no AAA.



E eis que ele estreou, contra um time de Houston que usa e abusa dos Home Runs pra vencer e tem a melhor campanha da American League. Arremessou 6 entradas fortes com 4 Hits, 5 K e apenas uma corrida cedida. Esperando regressão, o fandom não ficou muito animado, mas reconheceu o bom trabalho. Na segunda partida, os Yankees, com o segundo melhor ataque da liga (inflado pelo Yankee Stadium e pela AL East, mas vamos esquecer disso por um momento). Foi ainda melhor: 7 entradas, 2 Hits, 7 K e apenas mais uma corrida, o que soma para um ERA de 1.38 em 13 IP. É muito cedo pra avaliar? Sim, mas temos todos os reports e rankings que viam nele exatamente isso: um futuro Ace com 24 anos, com espaço e tempo pra melhorar seu jogo. Pode ter sido o presente de despedida de Jerry Dipoto, e acredito que todos nós vamos aceitar com a maior alegria.


Os líderes (dentre os qualificados, em 2 de julho)

AVG - Mike Trout, .303
OBP - Mike Trout, .393
SLG - Mike Trout, .590
OPS - Mike Trout, .983
Walks - Mike Trout, 40
Bases Roubadas - Mike Trout, 9
RBI - Albert Pujols, 49
Home Runs - Albert Pujols, 24
Duplas - Mike Trout, 18
Hits - Mike Trout, 88
Runs - Mike Trout, 57
WAR - Mike Trout, 5.0

ERA - Huston Street, 2.14 e Hector Santiago, 2.58

WHIP - Huston Street, 0.891 e Hector Santiago, 1.134
K/9 - Huston Street, 9.4 e Hector Santiago, 8.4
BB/9 - Fernando Salas, 1.9 e Matt Shoemaker, 2.0
Wins - Garrett Richards, 8
IP - C. J. Wilson, 102.1
IP/Jogo - C. J. Wilson, 6.4 (6 1/3)
WAR - Hector Santiago, 2.1
AVG contra - Huston Street, .175 e Hector Santiago, .214
OPS contra - Huston Street, .489 e Garrett Richards, .633


Meme do Mês




C. J. Wilson pode estar pecando na regularidade no monte, mas ainda é um evento imperdível correndo bases!


Pain Scale




Um 4 pelo mês positivo e pelo sentimento de que ainda estamos na briga. Oakland e Seattle estão se matando lá em baixo e os Rangers não vêm bem ultimamente. Resta a Houston parar de tentar enganar todo mundo e voltar pra terra, o que vai acontecer eventualmente, nem que seja em setembro (oi A's de 2014!). O time parece melhor e a luz no fim do túnel, que se traduz em uma melhora do ataque, está a uma margem alcançável.

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