quinta-feira, 16 de julho de 2015

Premiações de Meia-Temporada, desconsiderando Mike Trout

Levanta a mão aí quem tá em primeiro!
Na primeira versão da presente postagem, o menino Truta ganhava metade dos prêmios e todos em que podia concorrer (infelizmente ele não arremessa, não é um Rookie e não pode fazer um comeback de um ano em que foi MVP), então a balança pendia muito pra um lado. Respeitando toda a magnificência do nosso jovem astro e reconhecendo que ele está num patamar acima (discutivelmente) de toda a liga, pedimos uma pequena licencinha, para fazer desta uma competição justa.

Os Halos terminaram a primeira metade muito melhores do que começaram. 11-3 nas últimas 14, liderança da divisão por meio jogo (com 3 partidas a menos, lembrem-se) e três participantes no mais recente Jogo das Estrelas. Finalmente as peças começaram a clicar e o time parece a ponto de engrenar, tal qual como no ano passado contra um time de Oakland que parecia usar de métodos ilícitos nas regras do nosso espaço-tempo. Dessa vez o adversário é outro (e um pouco menos assustador, diga-se), e as personalidades abaixo descritas foram parte fundamental para a semi-reconquista do Oeste pelos Halos.



Silver Slugger - Albert Pujols, 1B


A este ponto da temporada, Albert seria facilmente a cara de qualquer uma das outras 29 esquadras da MLB. Perseguindo recordes e subindo a passos largos nas listas de todos os tempos, ele nos lembra a cada dia o quão importante foi e ainda é para seus times e para o esporte. 




No alto dos 35 anos, o dominicano conseguiu uma vaga de All-Star depois de abrir os olhos da liga inteira com uma maravilhosa performance em pouco mais de um mês. Do fim de maio até 7 de julho, rebateu 18 de seus 26 Home Runs (literalmente um a cada dois jogos!) e recebeu mais Walks que levou Strikeouts, o que ajudou a recuperar consideravelmente seus números no ano.


Pela temporada, vêm rebatendo um aceitável .255 e posta um OBP bacana de .323, que abrem espaço para o ótimo SLG de .532 e o renderam um OPS+ de 141 (inferindo que ele é 41% acima da média da liga). O baixo BABIP (média de rebatidas contando somente as bolas colocadas em jogo) ainda castiga por causa do Shift, mas não impediu a Pujols de ser brilhante mais uma vez, pelo menos por algum tempo. Provavelmente vai bater os 30 Home Runs de 2012, sua melhor marca como um Halo, e flertar com uma temporada de 40+ até o final do ano. E tem toda a autoridade pra isso



Gold Glove - Kole Calhoun, RF


Ruivo mais querido da torcida de Anaheim, Kole ganhou o apelido de Red Baron esse ano. E tal qual o piloto alemão dos tempos da Primeira Guerra Mundial, o OF dos Angels sabe voar como poucos.




Calhoun conquistou seu lugar no coração dos fãs ano passado, quando começou a dar sinais de seu braço forte. Em 2015, parece ter ainda melhorado as ferramentas defensivas para ser excelente no campo. O braço é forte e preciso, o posicionamento é ousado, jogando mais perto do infield que um RF normal, e o mergulho é gracioso, o que dá um toque a mais nas espetaculares capturas. Sem medo se sujar o uniforme, Kole está começando a ser reconhecido pelos Managers adversários e os corredores já respeitam mais o canhão que ele tem no braço.

Recentemente, tem ensinado Mike Trout a lançar a bola com efetividade, treinando o MVP ao ficar na linha de Foul do campo esquerdo e arremessando a bola acima do muro do campo central. Sua estatura parece insuficiente e o rosto alegre não deixa ninguém de pernas tremendo, mas mostrou que é um componente chave no time e que prestará um valor imenso por um preço irrisório, com o contrato de Arbitration terminando somente em 2020.



Cy Young - Hector Santiago, SP


O que dizer desse cara em que a gente metia o pau no ano passado e hoje a gente considera pakas? A metamorfose de #5 da rotação pra All-Star não é algo que se vê todo dia e Hector a performou com maestria. Ninguém via esse tipo de potencial nele e pode ser até que não se mantenha, mas vamos aproveitar enquanto dura.




Santiago, segundo números, conseguiu o feito numa reação em cadeia. Por arremessar mais strikes como primeiros arremessos nos confrontos (59,2%), tem se colocado em vantagem contra o rebatedor mais vezes. Os primeiros strikes geraram menos Walks (7,6%) e  uma maior quantidade de contagens 0-2 (20,5%), que por sua vez induziram um aumento no número de swings em bolas fora da zona (26,0%), denotando que ele estrá fazendo seus arremessos de ball parecerem strikes quando saem da mão, confundindo o rebatedor.


Claro que uma regressão pode se apresentar, mas o fato de ele ter segurado esse números por meia temporada já diz muito por si só. Pulem na bandwagon enquanto podem e aproveitem a viagem, porque pode não durar por muito...



Surpresa - Johnny Giavotella, 2B


Ninguém cansa da história, né? Então vamos lá de novo. Johnny G veio dos Royals por Brian Boderick (você provavelmente não conhece esse nome, então a troca foi um sucesso) e desbancou a prata da casa Alex Yarborough, o versátil mas injustiçado Grant Green, o Rule-5 Taylor Featherston e o novo contratado Josh Rutledge (atualmente mofando no AAA, rebatendo .259 num estádio na altitude. Sdds Jairo Diaz) para começar o ano como 2B titular dos Halos e tocar fogo na liga com sua performance invejável e preço muito em conta.




Surpreendendo a todos com sua atuação em situações Clutch, Johnny ganhou a torcida rebatendo .444/.469/.511 em 45 at bats com o rótulo Late and Close, que contam aparições do jogador a partir da 7ª entrada, quando seu time está uma corrida atrás, empatado ou até três corridas à frente no placar. Se formos contar os números em situações gerais com homens em base, são 138 aparições com uma linha bem saudável de .333/.381/.435.


Johnny já virou um favorito por causa da consistência em momentos importantes e não mostra sinais de que vai parar. É o 5º no time em RBI, mesmo passando metade dos jogos na posição #9 do alinhamento, e foi promovido a Leadoff Man na mais recente escalação de Scioscia, já sendo uma peça muito relevante na construção do time.



MVP - Hector Santiago

Confesso que fui por WAR nessa. Pujols (2.6) pode ter feito mais impacto na memória recente, mas Santiago (2.7) tem sido consistentemente bom o ano todo, o que o rende a premiação. E ele ficou a um fio de cabelo de superar Trout, que vem com um 5.9 bem xoxo até agora.




*Disclaimer: A premiação incluiria Rookie of the (Half)Year, mas os candidatos (Perez, Heaney, Gott, Kubitza) ainda estão em território de Small Sample Size. Não se preocupem, no final do ano a categoria volta!

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