Levanta a mão aí quem tá em primeiro! |
Os Halos terminaram a primeira metade muito melhores do que começaram. 11-3 nas últimas 14, liderança da divisão por meio jogo (com 3 partidas a menos, lembrem-se) e três participantes no mais recente Jogo das Estrelas. Finalmente as peças começaram a clicar e o time parece a ponto de engrenar, tal qual como no ano passado contra um time de Oakland que parecia usar de métodos ilícitos nas regras do nosso espaço-tempo. Dessa vez o adversário é outro (e um pouco menos assustador, diga-se), e as personalidades abaixo descritas foram parte fundamental para a semi-reconquista do Oeste pelos Halos.
Silver Slugger - Albert Pujols, 1B
A este ponto da temporada, Albert seria facilmente a cara de qualquer uma das outras 29 esquadras da MLB. Perseguindo recordes e subindo a passos largos nas listas de todos os tempos, ele nos lembra a cada dia o quão importante foi e ainda é para seus times e para o esporte.
No alto dos 35 anos, o dominicano conseguiu uma vaga de All-Star depois de abrir os olhos da liga inteira com uma maravilhosa performance em pouco mais de um mês. Do fim de maio até 7 de julho, rebateu 18 de seus 26 Home Runs (literalmente um a cada dois jogos!) e recebeu mais Walks que levou Strikeouts, o que ajudou a recuperar consideravelmente seus números no ano.
Pela temporada, vêm rebatendo um aceitável .255 e posta um OBP bacana de .323, que abrem espaço para o ótimo SLG de .532 e o renderam um OPS+ de 141 (inferindo que ele é 41% acima da média da liga). O baixo BABIP (média de rebatidas contando somente as bolas colocadas em jogo) ainda castiga por causa do Shift, mas não impediu a Pujols de ser brilhante mais uma vez, pelo menos por algum tempo. Provavelmente vai bater os 30 Home Runs de 2012, sua melhor marca como um Halo, e flertar com uma temporada de 40+ até o final do ano. E tem toda a autoridade pra isso
Gold Glove - Kole Calhoun, RF
Ruivo mais querido da torcida de Anaheim, Kole ganhou o apelido de Red Baron esse ano. E tal qual o piloto alemão dos tempos da Primeira Guerra Mundial, o OF dos Angels sabe voar como poucos.
Calhoun conquistou seu lugar no coração dos fãs ano passado, quando começou a dar sinais de seu braço forte. Em 2015, parece ter ainda melhorado as ferramentas defensivas para ser excelente no campo. O braço é forte e preciso, o posicionamento é ousado, jogando mais perto do infield que um RF normal, e o mergulho é gracioso, o que dá um toque a mais nas espetaculares capturas. Sem medo se sujar o uniforme, Kole está começando a ser reconhecido pelos Managers adversários e os corredores já respeitam mais o canhão que ele tem no braço.
Recentemente, tem ensinado Mike Trout a lançar a bola com efetividade, treinando o MVP ao ficar na linha de Foul do campo esquerdo e arremessando a bola acima do muro do campo central. Sua estatura parece insuficiente e o rosto alegre não deixa ninguém de pernas tremendo, mas mostrou que é um componente chave no time e que prestará um valor imenso por um preço irrisório, com o contrato de Arbitration terminando somente em 2020.
Cy Young - Hector Santiago, SP
O que dizer desse cara em que a gente metia o pau no ano passado e hoje a gente considera pakas? A metamorfose de #5 da rotação pra All-Star não é algo que se vê todo dia e Hector a performou com maestria. Ninguém via esse tipo de potencial nele e pode ser até que não se mantenha, mas vamos aproveitar enquanto dura.
Santiago, segundo números, conseguiu o feito numa reação em cadeia. Por arremessar mais strikes como primeiros arremessos nos confrontos (59,2%), tem se colocado em vantagem contra o rebatedor mais vezes. Os primeiros strikes geraram menos Walks (7,6%) e uma maior quantidade de contagens 0-2 (20,5%), que por sua vez induziram um aumento no número de swings em bolas fora da zona (26,0%), denotando que ele estrá fazendo seus arremessos de ball parecerem strikes quando saem da mão, confundindo o rebatedor.
Claro que uma regressão pode se apresentar, mas o fato de ele ter segurado esse números por meia temporada já diz muito por si só. Pulem na bandwagon enquanto podem e aproveitem a viagem, porque pode não durar por muito...
Surpresa - Johnny Giavotella, 2B
Ninguém cansa da história, né? Então vamos lá de novo. Johnny G veio dos Royals por Brian Boderick (você provavelmente não conhece esse nome, então a troca foi um sucesso) e desbancou a prata da casa Alex Yarborough, o versátil mas injustiçado Grant Green, o Rule-5 Taylor Featherston e o novo contratado Josh Rutledge (atualmente mofando no AAA, rebatendo .259 num estádio na altitude. Sdds Jairo Diaz) para começar o ano como 2B titular dos Halos e tocar fogo na liga com sua performance invejável e preço muito em conta.
Surpreendendo a todos com sua atuação em situações Clutch, Johnny ganhou a torcida rebatendo .444/.469/.511 em 45 at bats com o rótulo Late and Close, que contam aparições do jogador a partir da 7ª entrada, quando seu time está uma corrida atrás, empatado ou até três corridas à frente no placar. Se formos contar os números em situações gerais com homens em base, são 138 aparições com uma linha bem saudável de .333/.381/.435.
Johnny já virou um favorito por causa da consistência em momentos importantes e não mostra sinais de que vai parar. É o 5º no time em RBI, mesmo passando metade dos jogos na posição #9 do alinhamento, e foi promovido a Leadoff Man na mais recente escalação de Scioscia, já sendo uma peça muito relevante na construção do time.
Confesso que fui por WAR nessa. Pujols (2.6) pode ter feito mais impacto na memória recente, mas Santiago (2.7) tem sido consistentemente bom o ano todo, o que o rende a premiação. E ele ficou a um fio de cabelo de superar Trout, que vem com um 5.9 bem xoxo até agora.
*Disclaimer: A premiação incluiria Rookie of the (Half)Year, mas os candidatos (Perez, Heaney, Gott, Kubitza) ainda estão em território de Small Sample Size. Não se preocupem, no final do ano a categoria volta!
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