Saindo do segundo mês da temporada, o time melhorou em alguns aspectos, mas ainda não está no ponto ideal.Os Astros ainda não saíram de alcance e os outros rivais ainda não esquentaram, o que ainda os deixa na briga. Com a abertura do mercado de transferências (Mark Trumbo pra Seattle), o próximo mês promete ser agitado pelos lados de Anaheim, em busca da peça que falta pro ataque.
O Cara - Hector Santiago
Tendo que batalhar por seu lugar no time no Spring Training, Santiago teve uma motivação a mais no começo da temporada, e vem conseguindo mantê-la nesses primeiros jogos. O canhoto que quase foi cortado da posição #5 da rotação se solidificou como o Ace provisório do time, à falta de alguém que assumisse o posto.
Seus números impressionam e lideram o time em quase todos os quesitos. Até 29/05, sustentava um ERA de 2.18 (1.35 nas últimas 4 partidas), com mais que o dobro de Strikeouts que Walks durante 62 entradas. Não são marcas absurdamente fora de seu normal, mas podem sofrer uma pequena regressão. Mesmo assim, se continuar com a fase por mais um mês e pouco, pode ser uma valiosa no mercado, em troca do tão necessitado bastão canhoto que o time quer (e eu diria que um pacote com ele e Cam Bedrosian faria milagres na Trade Deadline).
A Surpresa - Carlos Perez
No alto das suas 15 aparições na carreira na MLB, Perez vem fazendo uma fortíssima impressão. Jogado junto pelos Astros na troca de Hank Conger por Nick Tropeano, o catcher assumiu a posição de titular após um mês de forte defesa e ataque pontual, aproveitando a brecha deixada por Chris Iannetta e seu Batting Average de .093.
Definido como um catcher defensivo, já eliminou metade dos que tentaram roubar base em cima dele, além de ser muito bom no quesito de Pitch Framing, transformar bolas em strikes, que está tão em voga na MLB de hoje. No bastão, tem 3 Duplas e 2 Home Runs, e usou um deles pra um WalkOff em seu primeiro jogo na carreira, contra Seattle no Big A. Ainda leva Ks sem ganhar BBs, mas a amostra é pequena pra ele, e julgamentos não devem ser feitos tão cedo. Ainda mais com a média de rebatidas chegando aos .300...
O Starter - Jered Weaver
Depois de um começo pífio de temporada, o velho Ace teve que se reinventar. E está tendo muito sucesso com isso. Só em maio, conseguiu um Record de 4-1, com um ERA de 2.83 e 25 K pra 6 BB. Conseguiu controlar os Home Runs e limitar corridas, o que explica seu ShutOut contra Houston.
Apesar de ter entrado na 7ª entrada nas últimas 5 aparições, só passou dos 100 arremessos em um desses jogos, mostrando a eficiência que os 66% de Strikes por jogo trazem. Recuperou a velocidade da bola rápida, estabilizando em 84-87, e misturou os arremessos de efeito, substituindo um Slider não muito eficiente por um Circle Change-Up que desestabiliza os rebatedores, quebrando pra longe de destros e pra dentro de canhotos. O prognóstico é animador pro resto do ano, e Weaver pode recuperar aquela posição #1 num piscar de olhos.
O Reliever - Huston Street
Escolhido pra coluna novamente, o Closer continua muito bem nas entradas finais dos jogos. Com a extensão de dois anos, 18 milhões garantida (que saiu muito barato pros Halos, diga-se), é o segundo na AL em Saves, com 17, atrás apenas de Glen Perkins (MIN, 20 Saves, 4 aparições a mais).
Não vem sendo o arremessador do ano passado, mas naquela temporada ele foi totalmente fora da curva, como diz o FIP (2.79, contra ERA de 1.37). Em 2015, os dois quase se igualam (2.73 FIP x 2.74 ERA), o WHIP caiu em quase 0.200 pontos, sentando em 0.913, e o K/9 aumentou em 1.9, subindo pra um estelar 9.8.
A 9ª entrada está segura ainda por algum tempo no Big A.
A Decepção - C. J. Cron
Cron teve o fator surpresa a seu lado durante 2014 e conseguiu 11 Home Runs e 12 Duplas em 242 at bats, que aumentando pra um ano cheio (600 ABs) equivaleria a 27 HRs e 30 2B. Somando isso e um Spring Training onde rebateu .413, 11 Duplas e 3 HRs em 75 ABs, a expectativa pela sua primeira temporada inteira fazia os fãs irem às alturas, o projetando como a proteção que Pujols merece no spot #5 da ordem, no mínimo.
Mas aí vieram os jogos que realmente valem alguma coisa e o avião Cron caiu de bico no mar. Demorou duas séries pra conseguir a primeira rebatida, esquentou um pouquinho, mas desceu a ladeira de novo. Contando o dia 30 de abril e o mês de maio, Cron fez .125 de média, conseguiu a façanha de ter um OBP .003 pontos MENOR que o AVG e terminou com um OPS de .247, 10 K, 0 BB e apenas 1 RBI no período. Foi rebaixado pra Salt Lake, onde deve ganhar um pouco de confiança por causa da altitude, e espera-se que trabalhe em pontos como a alta taxa de Strikeouts, a baixíssima porcentagem de Walks e um pouco da defesa, também pobre
A peça ofensiva que nos trazia montes de expectativa ano passado provou que não está pronta pra lidar com a MLB. Ainda tem 25 anos e o poder ao bastão está lá, mas ele não pode projetar a carreira só como DH e esquecer do resto.
A jogada - Roubo da 3B em Boston, Mike Trout
É Highlight atrás de Hightlight, impressionante. Trout mostra que está com as garras de fora pelo segundo prêmio de MVP da Liga Americana. No vídeo abaixo, ele parte pra 3B (tendo um rebatedor canhoto na plate em Calhoun, friso) e o lançamento do catcher até chega antes dele, mas ele faz sua mágica e usa suas habilidades de peixe pra desviar todo o corpo do Tag e contornar a base, enquanto toca a 3B com o pé. Foi considerado eliminado, mas a revisão mostrou o contrário. Is there anything in the world that Trout can't do?
A História - A Ascensão de Albert Pujols
Todos sabemos que Albert está em declínio, que ele não vai voltar a ser o cara das 50 Duplas e 40 Home Runs e que o contrato dele ainda vai até 2021, mas deixe os pré-julgamentos de lado só um pouco. É rápido, prometo.
Pujols está com 35 anos, mas ainda tem um pouco de gasolina pra queimar. Parece que o milestone dos 500 Home Runs o deu um gás a mais pra temporada de 2015. A cada degrau que ele sobe na All-Time List dos Homers da MLB, ele se revigora um tanto, e dessa vez o impulso recebido foi forte.
Desde o último jogo da série contra Boston até 3 de junho, rebateu .327 com um OPS de 1.096, incluindo uma sequência de 6 HRs em 6 jogos no final do mês. Coletou Hits em 10 dos últimos 12 jogos (5 com MultiHit) e aumentou a média de rebatidas pra um decente .258, com o Slugging voltando pra cima dos .500. Pode ser só uma fase, mas é bom ver o velho Albert, 3 vezes MVP, em modo vintage. Vamos ver quanto tempo vai levar pra pararem de dar Walks Intencionais loucamente para Trout só pra enfrentar a Máquina.
Os líderes (dentre os qualificados, em 3 de junho)
AVG - Mike Trout, .289
OBP - Mike Trout, .379
SLG - Mike Trout, .552
OPS - Mike Trout, .932
Walks - Mike Trout, 27
Bases Roubadas - Mike Trout, 8
RBI - Mike Trout, 31
Home Runs - Mike Trout/Albert Pujols, 14
Duplas - Mike Trout/David Freese, 11
Triplas - Kole Calhoun/Johnny Giavotella, 1
Hits - Mike Trout, 58
Runs - Mike Trout, 40
WAR - Mike Trout, 3.5
ERA - Cesar Ramos, 2.57 e Hector Santiago, 2.69
WHIP - Huston Street, 0.913 e Jered Weaver, 1.175
K/9 - Huston Street, 9.8 e Matt Shoemaker, 8.4
BB/9 - Fernando Salas, 1.2 e Jered Weaver, 1.3
Wins - Garrett Richards, 5
IP - C. J. Wilson, 71.0
IP/Jogo - C. J. Wilson, 6.5 (6 2/3)
WAR - Hector Santiago, 1.4
AVG contra - Jose Alvarez, .163 e Garrett Richards, .215
OPS contra - Huston Street, .507 e Garrett Richards, .607
Meme do Mês
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| Joe Smith não gosta quando o Umpire da Home faz uma chamada errada... |
Pain Scale
5 pelo Record e porque os Astros não estão facilitando. O ataque ainda não acordou de vez, mas os arremessadores estão dando conta de nos manter acima de .500. Quando as corridas pararem de depender somente de Trout e Giavotella (olha só!), a dor diminui.
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